Domingo, 28 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 12 de agosto de 2016
O repórter norte-americano Nico Hines, do “The Daily Beast”, usou a tecnologia para o mal nos Jogos Olímpicos do Rio: ele usou aplicativos de encontro homossexuais na Vila Olímpica para descobrir quais atletas hospedados eram gays. Hines criou um perfil falso no Tinder e no Grindr, flertou com atletas e publicou as conversas em seu site, junto com todas as informações sobre eles.
Um dos atletas expostos foi Amini Fonua, nadador do Tonga. Em seu Twitter, o atleta criticou muito o jornalista e sua publicação. “Ainda é ilegal ser gay em Tonga, e enquanto sou forte para enfrentar isso, nem todo mundo consegue.
O Daily Beast deveria estar envergonhado”, escreveu.
Fonua também tuitou diretamente para o repórter: “você me enoja. Você tem ideia de quantas vidas foram arruinadas sem nenhum bom motivo, a não ser o seu jornalismo caça-cliques?”
O nadador desabafou nas redes sociais e disse que Hines puxou pessoas “para fora do armário”. “Imagine um espaço em que você pode se sentir seguro, o único espaço em que você pode ser você mesmo, arruinado por uma pessoa heterossexual que acha que tudo é uma piada?”
Mais tarde, o “Daily Beast” apagou a publicação, mas a matéria já havia se espalhado pela Internet. (Estadão Conteúdo/AD)