Quarta-feira, 26 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de agosto de 2015
A Polícia Civil apresentou três suspeitos de revender remédio para tratamento de câncer, conseguido gratuitamente na Cmac (Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa), em Goiânia (GO). Segundo o delegado responsável pelo caso, Fernando Gili, o grupo usava a receita médica de uma ex-paciente, já falecida, mãe de uma das suspeitas detidas. O flagrante foi registrado por policiais.
Uma jovem, de 19 anos, um homem, de 43, e sua esposa, de 20, foram detidos em frente à Cmac, que é vinculada à Secretaria Estadual de Saúde. Momentos antes da abordagem, a garota mais nova pegou caixas do remédio na central, e foi a pé, acompanhada da segunda suspeita, até o carro onde o homem as esperava.
A jovem de 19 anos afirma aos policiais que pretendia doar os remédios para a Santa Casa de Goiânia. No entanto, em depoimento ela admitiu que revendia os medicamentos. O delegado informou que a mãe dela morreu de câncer em julho deste ano. O médico teria dado receitas sem data para que ela não precisasse voltar ao consultório para pegar novas e pudesse manter o tratamento.
De acordo com a polícia, o medicamento receitado para a mãe da jovem custa cerca de 5 mil reais, mas era revendido por um valor bem abaixo do mercado. “Ela tinha duas caixas que a mãe ainda não tinha usado e conseguiu mais quatro com uma das receitas. Os seis primeiros ela vendeu por cerca de 8 mil reais no total. Quando efetuamos, a prisão ela tinha conseguido mais duas caixas que venderia por 3 mil reais no total”, informou o delegado.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde informa que “todo medicamento que sai da unidade via judicial é liberado conforme receita médica e relatório”. A nota afirma ainda que recebeu uma denúncia anônima que a filha de uma paciente estaria realizando essa retirada após o falecimento da mãe e informou ao Ministério Público, que comunicou a polícia. Os três suspeitos serão indiciados por estelionato e podem ficar detidos por até oito anos, se forem condenados. (AG)