Quarta-feira, 01 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de fevereiro de 2016
O juiz Vallisney de Souza Oliveira decidiu nessa quinta-feira manter ação penal que apura a suposta compra de medidas provisórias editadas pelo governo na 10 Vara da Justiça Federal, em Brasília. Ele, porém, enviou informações dos autos para análise do STF (Supremo Tribunal Federal).
As defesas dos réus argumentaram que o caso é de competência da Corte suprema devido à menção a possíveis irregularidades cometidas por congressistas. No diário de um dos investigados na Operação Zelotes, João Batista Gruginski, a PF (Polícia Federal) encontrou anotações sobre propinas pagas aos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR) e também ao ex-senador Gim Argello (PTB-DF).
Em depoimento, Gruginski reafirmou que, em uma reunião, o lobista Alexandre Paes dos Santos, o APS, um dos réus da Zelotes, disse que os três haviam negociado propinas de 45 milhões de reais, sendo 15 milhões de reais para cada um em troca da aprovação de emendas de interesse das montadoras de veículos. Essas provas foram colhidas em inquérito da PF, que foi anexado à ação penal em curso na 10 Vara. Os três políticos negaram as irregularidades. (AE)