Quinta-feira, 27 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de março de 2017
O juiz federal Derrick K. Watson, do Havaí, bloqueou temporariamente e de forma nacional a nova ordem migratória de Donald Trump, alegando que ela seria uma violação à primeira emenda da Constituição dos EUA.
A decisão foi anunciada na tarde de quarta-feira (15), a poucas horas da entrada em vigor da ordem, em uma sentença de 43 páginas. Em sua argumentação, o juiz afirma ainda que o banimento prejudicaria a indústria do turismo e a capacidade de recrutar estudantes e trabalhadores estrangeiros.
Watson também disse que o Havaí mostrou uma probabilidade forte do sucesso em suas reivindicações de que a ordem viola a Constituição dos EUA, que impede a discriminação religiosa. Os críticos da proibição argumentaram que ela é discriminatória contra os muçulmanos.
Pouco depois, ao falar em um comício em Nashville, Trump criticou a decisão do juiz, dizendo que faz com que os EUA pareçam “fracos”. O presidente disse que levará o caso até a Suprema Corte. “Vamos levar até onde ele precisa ir, até a Suprema Corte, e vamos ganhar, vamos manter nossas pessoas seguras”, disse. “O perigo é claro, a lei é clara, a necessidade da minha ordem executiva é clara”, acrescentou.
O Havaí foi o primeiro a apresentar uma ação contra a nova ordem, anunciada pelo presidente após sua primeira versão ter sido bloqueada por um juiz de Seattle, em Washington. Trump apresentou sua nova ordem migratória no dia 6 de março, um mês depois que sua primeira tentativa de barrar cidadãos de sete países foi bloqueada judicialmente. Inicialmente, o presidente anunciou que iria recorrer daquela decisão junto à Suprema Corte, mas depois de alguns dias decidiu reformular a proposta. (AG)