Geral Juiz nega pressão ou influência política ao reassumir processo da Operação Zelotes
Por Redação O Sul | 8 de novembro de 2015
O juiz federal Vallisney Oliveira, que reassumiu como titular da 10 Vara e passou a comandar a Operação Zelotes, negou que esteja encabeçando um trabalho para abafar as investigações. “Nem o papa vai me influenciar”, garantiu o magistrado. “Não há anormalidade e nem pressão política”, disse.
Na semana passada, a juiz-substituta Célia Ody Bernardes, que ocupava o posto de Oliveira, decretou as primeiras prisões da Zelotes e autorizou busca e apreensão nas empresas de Luís Cláudio, filho do ex-governante Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão fez barulho: provocou estremecimento entre Lula e a presidenta Dilma Rousseff, botou a Zelotes no noticiário e serviu de bandeira à oposição.
Oliveira estava desde novembro de 2014 a serviço do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ele foi convocado para atuar na Corte por seis meses, que foram prorrogados por mais seis meses. Essa permanência poderia ser autorizada mais duas vezes. Antes de Célia, outro juiz, Ricardo Leite, substituiu Oliveira quase por todo o período e teve atritos com os procuradores do caso.
O magistrado titular é chefe da Zelotes, cujas averiguações iniciaram em março de 2015. Oliveira foi o responsável por autorizar as quebras de sigilo fiscais e bancários dos envolvidos. “Esse processo era meu. Eu só voltei. E voltei não só para ele, mas para todos os demais. Voltei para a minha Vara”, assegurou o juiz. (AG)
