Quinta-feira, 22 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 13 de março de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A 13 de março de 1986, o presidente José Sarney pediu ao povo que esquecesse as desgraças do passado, citando a inflação, a correção monetária, o cruzeiro e o desemprego.
A manifestação foi feita no programa Ao Pé do Rádio, transmitido para todo o País.
“O Brasil deu certo” foi uma de suas declarações, substituindo o tradicional “o Brasil vai dar certo”.
Lembrou: “Faz um ano que o destino me entregou essa tarefa difícil mas felizmente vencemos. Deixamos para trás o medo, a violência, a desconfiança e a dúvida que faziam os brasileiros não saber o que os esperava no dia seguinte.”
Adiante, acrescentou: “Com moeda estabilizada, é hora do trabalho e da produção. Não vamos permitir que a covardia, a tibieza ou a desconfiança criem qualquer nostalgia dos tempos da inflação.”
No mesmo dia, o governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, voltou a criticar o plano de inflação zero, alegando que era demasiadamente rigoroso e cumpria receita do Fundo Monetário Internacional. Criticou ainda o fato de o Plano de Sarney ter confiscado 20 por cento dos salários na conversão da moeda.
O sonho do presidente com o Plano Cruzado, lançado no final de fevereiro de 1986, sustentou-se até 15 de novembro do mesmo ano, quando ocorreram eleições para os governos e o PMDB venceu em 22 estados.
A partir daí, o Plano se desfigurou, fazendo a inflação voltar.
Na convenção nacional do PMDB, ocorrida ontem em Brasília, Sarney se vangloriou com as vitórias do partido há 30 anos. Quer dizer, contou a história pela metade.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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