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Economia Juro do cartão sobe para 372% ao ano

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O total de inadimplentes atual representa 43,8% da população adulta.(Foto: Fredy Vieira/ O Sul)

Segundo dados divulgados pelo BC (Banco Central) na quinta-feira, os juros do cartão de crédito rotativo, que incidem quando os clientes não pagam a totalidade de sua fatura, atingiram expressivos 372% ao ano em junho – a mais alta de todas as modalidades de crédito. Em maio, o valor estava em 360,5% ao ano.

O patamar de maio é o maior desde o início da série histórica, em março de 2011. O BC tem recomendado que os clientes bancários evitem essa linha de crédito.

Juntamente com o cheque especial, as taxas do cartão de crédito rotativo são as mais caras do mercado e, de acordo com especialistas, devem ser evitadas pelos consumidores, ou utilizadas apenas por um período curto de tempo.

Os juros do cheque especial tiveram nova alta em junho, e alcançaram 241,3% ao ano. É o maior patamar desde dezembro de 1995, em quase 20 anos. Em maio, a taxa estava em 232% ao ano. Isso significa que o consumidor que fizer uma dívida de 1 mil reais no cheque agora vai dever ao banco, daqui a 12 meses, 3.413 reais.

Os juros cobrados pelos bancos nesta linha de crédito tiveram forte aumento nos últimos meses. No fim de 2013, estavam em 148,1% ao ano. O crescimento, portanto, foi de 93,2 pontos percentuais nos últimos 18 meses.

O aumento dos juros bancários acompanha a alta da taxa básica da economia, fixada pelo BC a cada 45 dias para tentar conter as pressões inflacionárias.

Desde outubro do ano passado, a autoridade monetária vem subindo os juros ininterruptamente. Naquele mês, a taxa estava em 11% ao ano. No fim de maio, já havia avançado para 13,75% ao ano, um aumento de 2,75 pontos percentuais. Os números demonstram que os bancos elevaram suas taxas de juros ao consumidor de maneira mais intensa.

Reportagem recente do jornal norte-americano “The New York Times” disse que os juros praticados em algumas linhas de crédito no Brasil “fariam um agiota americano sentir vergonha”, citando os dos cartões de crédito em mais de 240% ao ano e de 100% cobrados pelos empréstimos bancários.

Economistas avaliam que o consumidor deve tentar evitar ao máximo o uso do cheque especial e do cartão de crédito rotativo por conta das altas taxas cobradas pelas instituições financeiras. Para eles, essas são linhas de crédito para momentos de extrema necessidade e devem ser usadas por um período curto de tempo.

Segundo levantamento da consultoria Economatica para a BBC Brasil, apesar da desaceleração econômica, a rentabilidade sobre patrimônio dos grandes bancos de capital aberto no País foi de 18,23% em 2014 – mais do que o dobro da rentabilidade dos bancos norte-americanos (7,68%). (AG)

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