Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 18 de agosto de 2016
Os nadadores americanos Gunnar Bentz e Jack Conger já podem deixar o país. Os dois prestaram depoimento à Polícia Civil nesta quinta-feira (18) e, pouco depois, a Justiça autorizou a devolução dos passaportes a eles para que possam voltar para os Estados Unidos, o que deve ocorrer ainda nesta quinta.
Outro nadador dos Estados Unidos que estava junto com Bentz e Conger na madrugada de domingo (14), James Feigen, segue com seu passaporte retido.
Segundo a polícia, Bentz e Conger atribuíram a Ryan Lochte a versão sobre o suposto assalto. Eles confirmaram que não houve roubo, o que já havia sido afirmado pela Polícia Civil.
Os dois nadadores foram vaiados ao deixar a Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat), no Leblon, Zona Sul do Rio, por volta das 17h50 desta quinta-feira (18). Eles prestaram depoimento por cerca de quatro horas.
A presença dos americanos atraiu muitos curiosos à sede da Deat, e um deles chegou a ter a orelha puxada quando se dirigia ao carro para deixar o local, enquanto outros vaiavam e gritavam para que os atletas pedissem desculpas por terem mentido.
Bentz e Conger foram impedidos de deixar o Brasil quando já estavam dentro do avião que os levaria de volta aos EUA. Eles foram retirados da aeronave por policiais civis, que os conduziram para a delegacia localizado no aeroporto.
Atletas devem desculpas aos cariocas, diz delegado
O chefe de polícia civil do Rio de Janeiro, Fernando Veloso, afirmou na tarde desta quinta-feira (18) que os nadadores dos Estados Unidos não foram vítimas de um roubo e devem desculpas aos cariocas.
Na madrugada de domingo (14), Ryan Lochte e outros três nadadores disseram ter sido assaltados após deixarem uma festa na Lagoa, Zona Sul.
“A Justiça vai determinar o que vai acontecer com ele. Esses atletas devem desculpas ao carioca. Não vou pedir que eles peçam desculpas aos policiais, mas peçam desculpa ao povo carioca. A única verdade que eles disseram é que estavam bêbados.”
Veloso contou que a polícia soube do caso através das redes sociais e que houve resistência dos atletas em contribuir com as investigações. “A polícia é obrigada a investigar esse tipo de situação. Soubemos através das redes sociais e a delegacia começou a diligenciar. Tivemos dificuldade no início, não conseguíamos contato com os atletas e não nos permitiam entender o que havia acontecido. Já podemos afirmar que não houve o fato relatado”, contou.
Vídeo mostra confusão
Imagens das câmeras de segurança de um posto de gasolina na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, mostram que, o que aconteceu, foi uma confusão entre os nadadores americanos e seguranças do estabelecimento.
Nas imagens é possível ver que eles saem do banheiro, onde teriam feito as depredações e, em seguida, são impedidos de deixar o local pelos seguranças. As imagens mostram um dos nadadores levantando as mãos enquanto os segurança os abordam. (AG)