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Por Redação O Sul | 14 de fevereiro de 2018
O laudo de avaliação judicial do apartamento triplex no Guarujá (SP) atribuído ao ex-presidente Lula chegou à conclusão de que o imóvel vale R$ 2,2 milhões. O procedimento foi feito a pedido do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), que determinou a venda do imóvel por meio de hasta pública (alienação de bem penhorado).
Moro tomou a providência depois que a Justiça do Distrito Federal penhorou o tríplex num processo de cobrança de dívidas da construtora OAS. O juiz suspendeu o procedimento e determinou a venda do imóvel, que é considerado fruto de propina paga pela empresa ao líder petista pela execução de obras superfaturadas em refinarias da Petrobras.
A oficial de Justiça que fez a avaliação esclareceu no laudo que se dirigiu ao local e que o porteiro, “Senhor Alexandre”, informou que “as chaves do apartamento ficam com funcionários da empresa OAS”. O funcionário deu a ela o telefone da empreiteira, que enviou dois funcionários ao local. Um deles era a engenheira Mariuza Aparecida da Silva Marques, que foi testemunha do processo contra Lula.
Condenação
Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão na ação penal que apurou sua relação com a OAS. Segundo a sentença do TRF-4 proferida em janeiro, o ex-presidente foi culpado dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro por participar no caso de desvios de recursos da Petrobras, no qual teria sido beneficiado com o apartamento no Guarujá.
O fato de o ex-presidente nunca ter ficado com as chaves do imóvel e de ele estar até hoje em posse da empreiteira é um dos argumentos centrais da defesa de Lula. Os advogados alegam que o apartamento é da construtora e não pode ser atribuído ao ex-presidente.