Terça-feira, 30 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 20 de novembro de 2015
A Justiça Federal no Espírito Santo determinou que a mineradora Samarco tome providências imediatas para que os rejeitos de mineração não atinjam o litoral capixaba. Se não for cumprida a decisão liminar, que se baseou em ação movida pelo MPF (Ministério Público Federal), poderá ser multada em 10 milhões de reais por dia. A mineradora, diante do comunicado judicial, se limitou a informar que analisa cuidadosamente o pedido.
Uma força-tarefa de operários, voluntários e pescadores está trabalhando na foz do rio Doce, em Linhares (ES), para impedir que a enxurrada de lama e rejeitos vazados das barragens da Samarco, em Mariana (MG), chegue ao mar.
Barreiras flutuantes, semelhantes às usadas para contenção de vazamentos de óleo, estão sendo espalhadas pela região. A medida, no entanto, não é suficiente para impedir que os detritos se espalhem no mar.
O diretor da Estação de Biologia Marinha de Santa Cruz, próxima à foz do rio Doce, André Ruschi, ressaltou que a medida deveria ter sido tomada há muito tempo. Segundo ele, existe uma cadeia de montanhas submarinas, que inicia na foz do rio Doce e se estende por mais de 1,2 mil quilômetros ao leste até a ilha de Trindade. Essa área é, conforme o estudioso, o ponto de maior biodiversidade do oceano Atlântico.