Sexta-feira, 17 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 20 de novembro de 2015
Com a greve dos peritos médicos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que completou nessa quinta-feira 76 dias, trabalhadores que necessitam passar por perícia médica só estão conseguindo marcar atendimento para janeiro.
Enquanto não há acordo entre o governo e os servidores, o MPF do Rio de Janeiro entrou com uma ação civil pública contra o INSS e a União para exigir que perícias em todo o País sejam feitas no prazo máximo de 15 dias, a partir do agendamento.
Na ação, o MPF pediu, ainda, a suspensão de recessos, férias e licenças-prêmios dos médicos peritos até que se regularizem os atendimentos à população. A contratação temporária de médicos e novos concursados também foram propostos. O INSS também ingressou com uma petição pedindo que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) estabeleça que 80% dos peritos mantenham suas atividades durante a greve. Hoje, a categoria trabalha com contingente de 30% dos profissionais.
Segundo o instituto, o tempo médio de espera para agendar a perícia passou de 20 dias, antes do início da greve, para 50 dias. A capacidade de realizar perícias foi reduzida em 50%, de uma média mensal de 600 mil para 300 mil e, entre setembro e outubro, foram remarcados mais de 711 mil exames, conforme o órgão. Assim, aproximadamente 700 mil perícias não foram realizadas desde o início do movimento dos médicos.