Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 11 de março de 2016
O Tribunal de Justiça de São Paulo divulgou nota na tarde desta sexta-feira (11) por meio de sua assessoria de imprensa para afirmar que a análise do processo apresentado pelo Ministério Público do estado, no qual denuncia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais 15 pessoas e ainda pede a prisão preventiva vai demandar “algum tempo”. O processo está em segredo de justiça.
Na nota, o TJ-SP diz que o processo “é de elevada repercussão social, em que há acusações contra ex-Presidente da República e requerimento de medidas cautelares sérias”.
“O processo apresentado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo possui 36 volumes, ainda não findo o processo de digitalização, e já existem habilitações de procuradores de alguns denunciados, e para a análise da viabilidade da acusação, bem como dos pedidos cautelares formulados, necessária a detida apreciação de todo o material apresentado, o que demandará algum tempo”, diz a nota.
A juíza Maria Priscila Veiga Oliveira, de São Paulo, decidirá se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai virar réu na denúncia dos promotores paulistas por ocultar patrimônio – um apartamento triplex do Guarujá – e se vai prendê-lo preventivamente.
A denúncia do Ministério Público Estadual vai ser analisada pela 4ª Vara Criminal da Justiça de São Paulo.
O ex-presidente, a mulher dele, Marisa Letícia, e o filho foram denunciados pelo Ministério Público Estadual na quarta-feira (9). Outras 13 pessoas também foram denunciadas. Este é um inquérito que corre em São Paulo, sem relação com a Operação Lava-Jato.
O ex-presidente foi denunciado pelos promotores por falsidade ideológica e lavagem de dinheiro – por ter ocultado a propriedade do triplex.
Dona Marisa Letícia foi denunciada por lavagem de dinheiro. O filho deles, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, foi denunciado por participação em lavagem de dinheiro.
As outras 13 pessoas foram denunciadas pelos crimes de estelionato, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, entre elas estão: o ex-tesoureiro do PT e ex-presidente da Bancoop, João Vaccari Neto e o ex-presidente da construtora OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro.
Para essas 16 pessoas virarem réus, a denúncia precisa ser aceita pela Justiça paulista.
A denúncia já está nas mãos da juíza. Primeiro, ela vai analisar as acusações dos promotores. Se decidir dar início ao processo criminal, os réus serão chamados para apresentarem uma defesa preliminar. A partir daí, a juíza decide se dá seguimento ou não processo.
Defesa de Lula
O advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em nota divulgada na noite desta quinta-feira (10) que os promotores do Ministério Público de São Paulo desprezaram a ordem jurídica ao formularem o pedido de prisão preventiva de Lula. A defesa de Lula afirma ainda que o pedido de prisão busca “amordaçar um líder político” e que fundamentação da denúncia “revela uma tentativa de banalização do instituto da prisão preventiva”. (AG)