Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 28 de novembro de 2015
O desembargador federal João Pedro Gebran Neto, do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), negou na sexta-feira pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do pecuarista José Carlos Bumlai – amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Bumlai foi preso na terça-feira, durante a 21ª fase da Operação Lava-Jato. Ao mandar prender o pecuarista, o juiz federal Sérgio Moro destacou que ele teria usado o nome de Lula para se favorecer em negócios ilícitos, entre os quais o acordo de 1,3 bilhão de dólares da Petrobras para contratação do navio sonda Vitória 10.000.
A defesa argumentou que o pecuarista colocou-se à disposição para esclarecer os fatos e que “não haveria risco de reiteração delitiva nem indicativos de que estaria ocorrendo obstrução à coleta de provas”. Também alegou que o decreto de prisão baseou-se em “informação duvidosa prestada pelo delator Salim Schahin” – do Grupo Schahin, que fez acordo de delação premiada.
Conforme o magistrado, “transparece a gravidade concreta dos crimes investigados e os efetivos riscos à investigação e à instrução penal, o que atrai a necessidade de decretação da prisão preventiva”. (AE)