Terça-feira, 10 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 9 de junho de 2025
A partir de desdobramentos da operação “Espectro”, deflagrada em março pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), a Justiça já determinou bloqueios que totalizam quase R$ 11 milhões de uma organização criminosa investigada por lavagem de dinheiro oriundo de sonegação fiscal. O valor estava em contas bancárias e aplicações financeiras.
De acordo com o promotor de Justiça Diego Rosito de Vilas, responsável pela operação e pela investigação, o esquema foi alvo de ofensivas em Porto Alegre, Guaíba (Região Metropolitana da Capital) e Rio de Janeiro. A apuração do caso está a cargo de Promotoria especializada no combate a crimes contra a ordem tributária.
Também foi decretada a indisponibilidade de oito veículos de luxo pertencentes aos investigados. O grupo teria movimentou mais de R$ 34 milhões obtidos por meio de evasão fiscal com o uso de empresas de fachada, falsificação de documentos e o uso dos papeis em processos judiciais para ocultar a origem ilícita dos valores.
A operação conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público gaúcho e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do órgão no Rio de Janeiro (CSI/MPRJ). O objetivo foi apreender novas provas, por meio de mandados judiciais de busca e apreensão em ambos os Estados.
Prisão mantida
O principal líder da organização já respondia a outros processos penais por crimes tributários, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Ele está preso preventivamente desde março, quando a ofensiva teve sua primeira fase.
Recentemente, seu encarceramento foi mantido por decisões do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ). As diligências prosseguem, a fim de aprofundar a identificação dos envolvidos e a recuperação dos ativos desviados.
(Marcello Campos)
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