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Por Redação O Sul | 23 de novembro de 2015
A Justiça do Espírito Santo determinou que a Samarco abra a foz do rio Doce no distrito de Regência, em Linhares, para que a lama da barragem da empresa que se rompeu em Mariana (MG) se dissipe no mar. A decisão foi tomada pelo juiz Thiago Albani, da 3ª Vara Cível de Linhares.
A decisão contraria determinação da Justiça Federal no Estado que, na quinta-feira, exigiu medidas da Samarco para que a lama não alcançasse o oceano, sob pena de multa diária de R$ 10 milhões. As boias de contenção instaladas na região tiveram de ser retiradas. A empresa, no entanto, já começou a cumprir a nova determinação, sob pena de multa de R$ 20 milhões, além de R$ 1 milhão por dia em caso de abandono das obras.
A decisão foi tomada pela Justiça depois de ouvir ambientalistas, técnicos de Linhares. Também houve posicionamento favorável da Procuradoria do Estado e do Ministério Público Estadual (MPE). Na visão dos especialistas, a chegada da lama ao mar é menos prejudicial do que a permanência do material no rio Doce.