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Por Redação O Sul | 28 de dezembro de 2022
A 34ª Vara Criminal do Rio de Janeiro marcou para o dia 8 de fevereiro a audiência de instrução do ex-vereador Gabriel Monteiro. Ele está preso preventivamente desde o dia 7 de novembro, acusado de estupro e o processo está correndo em segredo de Justiça.
Ele está em uma cela individual de 6m², na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Acusações
Um dos abusos cometidos pelo ex-vereador teria ocorrido no dia 15 de julho. Uma mulher de 23 anos disse que, após conhecer Gabriel em uma boate foi levada para a casa de um amigo de Monteiro, onde foi estuprada.
Um segundo caso envolve o relato de uma vendedora, também de 23 anos. Ela também fez acusações de violência sexual contra o ex-parlamentar, com quem afirmou ter iniciado um relacionamento após eles se conhecerem pelas redes sociais, em junho de 2020. A mulher afirmou que, quando voltava de um ato de campanha, Gabriel a teria obrigado a manter relações sexuais na frente do motorista, enquanto o carro trafegava.
Ele também é acusado da prática de outros crimes sexuais, inclusive por filmar relações íntimas com uma menor de idade. Por isso, ele teve o mandato cassado em agosto deste ano. Ele é acusado de assédio moral contra assessores e de forjar situações para produzir conteúdos publicados em suas redes sociais. Monteiro responde a todos esses crimes na Justiça.
Pauta de costumes
Tendo se tornado popular primeiro na internet e alçado à vida política posteriormente, Gabriel Monteiro se elegeu em cima de vídeos forjados e discussões acaloradas em cima de pautas de “costumes e da família”.
O atual momento da vida de Monteiro contrasta com os discursos duros contra criminosos. “Esse diabo deveria pegar pena de morte”, escreveu o político, em novembro de 2019, sobre a prisão de um homem acusado de abusar de um bebê.
Em outra circunstância, em agosto de 2020, ele fez uma enquete para seus seguidores, perguntando sobre a proposta do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), favorável à castração química de estupradores. O voto “sim” venceu.
Em um vídeo publicado nas suas redes sociais em junho deste ano, ele apresentou sua versão sobre as denúncias de abuso e importunação sexual, recebidas no início do ano. “Cadê essas mulheres que foram estupradas? Desapareceram?”, escreveu, no dia em que teve seu mandato cassado.