Acontece Lançada a 12ª Feira de Oportunidades do SENAC-RS

José Paulo da Rosa, diretor regional do Senac-RS. Crédito: divulgação/O Sul

O diretor superintendente do SENAC-RS, José Paulo da Rosa, abriu na manhã desta quinta-feira a 12ª Feira de Oportunidades, promovida anualmente pelo Sistema Fecomércio em todo o Estado, reunindo, em todas as unidades regionais do SENAC cerca de 100 mil pessoas nesta semana. Na Capital, a Feira acontece nas instalações do Shopping Total. “O objetivo é levar educação profissional com discussão de oportunidades para que os empresários se apropriem de maior competência para aproveitar este momento econômico”,  disse ele.

A abertura do evento, hoje, contou também com a participação de dois palestrantes. Guilherme Bertoni Machado, professor do SENAC e doutor em gestão do conhecimento, focado na área da ciência da computação, apontou as tendências vivenciadas em janeiro último na maior feira mundial do varejo, a NRF, que acontece anualmente em Nova Iorque e está em sua 106ª edição consecutiva.. Ele apontou como relevante no segmento do varejo uma atuação voltada à sustentabilidade e personalização, uma vez que “todo mundo quer ser diferente”.

O design das lojas, intrigantes e mutantes é outra tendência apontada pelo palestrante. “É preciso engajar o cliente, inclusive com eventos diários”. Guilherme citou o exemplo de um robô em lojas que traduzem sentimentos, utilizado para medição de comportamento do cliente, o que gera valor às lojas físicas.

Outra tendência é a experiência única, motivando um marketing de relacionamento diferenciado com o cliente. Um exemplo? Uma grande pia localizada em uma loja que comercializa sabonetes dentro da NRF, oportunizando contato direto com os clientes, lavando mãos em grupo, uma iniciativa permeada de diversão e resultados.

Outro palestrante, Lucas Schifino, integrante da assessoria econômica do Sistema Fecomércio e autor do livro “O Rio Grande tem Saída?” abordou o cenário econômico e suas perspectivas para o varejo. Como positivo ele apontou que as vendas do setor apresentam sinais de retomada a partir da baixa inflação, puxada também pela menor taxa de juros, confiança, produção industrial, emprego e boa safra agrícola no RS e no País.

Segundo ele, o nível de endividamento das famílias, hoje comprometendo 22% de suas rendas, deverá chegar a 20% até 2030, o que resultará também em um crédito por parte das famílias na ordem de 35,7% do PIB, hoje equivalente a 25%. Outra questão apontada por ele diz respeito às “tomadas de decisões conectadas” hoje, principalmente pela faixa etária entre 15 e 44 anos,, um público que deverá responder por um acréscimo na venda do comércio eletrônico. Cerca de 29% dos clientes no País até 2020 deverão optar por esta modalidade, sendo que hoje chega a 23% e as previsões são de 47,5% até 2030.

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