Segunda-feira, 09 de junho de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral Lei britânica que pode anular acordo do Brexit passa em primeira votação

Compartilhe esta notícia:

O Parlamento Europeu vai analisar os termos do acordo antes do fim do ano. (Foto: Reprodução)

A Câmara dos Comuns aprovou em primeira votação, na noite de segunda-feira (14), a polêmica lei apresentada pelo governo britânico que pode anular partes do Acordo de Retirada do Brexit firmado com a União Europeia. O texto foi aprovado por 340 votos favoráveis e 263 contrários.

No entanto, a votação contou com dezenas de abstenções entre os deputados conservadores, o que acendeu um alerta na equipe do primeiro-ministro britânico Boris Johnson para as próximas etapas.

Explicitamente, apenas dois deputados conservadores – Roger Gale e Andrew Percy – se manifestaram contrários à nova lei e ambos podem ser expulsos da sigla. Porém, 30 representantes alegaram motivos pessoais para não comparecerem à sessão e outros 20 fizeram uma abstenção em protesto a Johnson. Nesse último grupo, chamou a atenção a postura do ex-procurador-geral e defensor explícito do Brexit Geoffrey Cox.

Chamado de “Internal Market Bill”, o projeto causou a ira de Bruxelas por violar o direito internacional, já que a medida havia sido ratificada pelos dois lados há quase um ano.

Até mesmo aliados do governo concordam que ela “quebra” o acordo de uma maneira perigosa, pois poderia também comprometer futuros acordos que precisarão ser firmados pelo Reino Unido e é uma violação das regras internacionais.

A ex-premiê Theresa May e o ex-embaixador britânico nos EUA já no governo atual, Kim Darroch, ressaltaram em entrevistas que, se aprovada, a medida causará “um enorme dano à reputação do Reino Unido”.

A principal alteração que Johnson quer fazer refere-se às questões ligadas à Irlanda do Norte, pois o país faz parte do Reino Unido e a vizinha, Irlanda, é Estado-membro da União Europeia. A justificativa do governo é que o acordo firmado causaria problemas de abastecimento graves de alimentos na região e que os temas relacionados às fronteiras e aos possíveis controles cabem ao Parlamento.

No entanto, Bruxelas lembra que o acordo foi firmado após extensos debates e que não pode ser simplesmente quebrado por desejo de Johnson. Além dos danos políticos, o envio da nova norma para o plenário causou problemas às atuais negociações entre as duas partes, no chamado “Brexit econômico” e que deveria ser finalizado até o fim de outubro. Com ou sem pacto, no dia 31 de dezembro, encerra-se a relação comercial entre as partes.

Analistas apontam que Johnson fez essa aposta de alto risco por diversos motivos, que vão desde a falta de solução nas reuniões entre UE e Reino Unido até à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), que criou uma crise econômica e sanitária sem precedentes para os britânicos.

No entanto, Londres é quem mais tem a perder nesse momento, já que precisaria firmar acordos comerciais com todos os parceiros e Bruxelas conseguiria amenizar o impacto de um “no deal” entre todos os seus países-membros. As informações são da agência de notícias Ansa.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

O mundo falhou em todas as metas da ONU para a conservação da biodiversidade
A Federação Internacional de Automobilismo desiste de investigar o protesto do piloto Lewis Hamilton no pódio
https://www.osul.com.br/lei-britanica-que-pode-anular-acordo-do-brexit-passa-em-primeira-votacao/ Lei britânica que pode anular acordo do Brexit passa em primeira votação 2020-09-15
Deixe seu comentário
Pode te interessar