Domingo, 02 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de setembro de 2025
Atualmente, os dispositivos móveis chamam atenção pelo design fino, telas que ocupam quase toda a parte frontal e pela ausência de botões físicos. A realidade, porém, era bem diferente há 15 ou 20 anos. Os celulares tinham recursos mais limitados, formatos variados e, muitas vezes, priorizavam a durabilidade em vez da sofisticação. Um exemplo clássico é o Nokia 1100, lançado em 2003 e ainda hoje lembrado com nostalgia por milhões de usuários.
De acordo com levantamento do site Visual Capitalist, com base em informações do Yahoo Finance e da consultoria Omdia, o Nokia 1100 se consolidou como o celular mais vendido da história, com cerca de 250 milhões de unidades comercializadas em apenas seis anos. O número o coloca à frente de modelos icônicos da Apple e da Samsung, que dominam o mercado atual.
O segredo do sucesso estava em um conjunto de fatores simples, mas eficientes. O design compacto, a carcaça antiderrapante, o preço acessível e a famosa bateria BL-5C, capaz de durar dias sem precisar de recarga, transformaram o aparelho em um fenômeno global. Esses elementos garantiram ao 1100 uma base de usuários fiel, especialmente em países emergentes, onde a robustez e a longa vida útil eram diferenciais importantes.
Nos últimos anos, a principal crítica feita aos smartphones modernos tem sido justamente a baixa autonomia das baterias. Mesmo em aparelhos de ponta, o desgaste acelerado do componente compromete a experiência do usuário e reduz a vida útil dos dispositivos. Nesse cenário, a lembrança do Nokia 1100 permanece como símbolo de confiabilidade.
Outro aspecto que ajuda a manter a memória do aparelho viva é a sua resistência. O celular suportava quedas, impactos e até condições adversas de uso, tornando-se um personagem frequente em memes e piadas nas redes sociais. Muitas vezes, é citado como um exemplo de “indestrutível”, comparado a pessoas de “fibra” ou até mesmo a materiais super-resistentes.
Embora tenha sido descontinuado, o modelo ainda pode ser encontrado à venda em plataformas de comércio eletrônico. No eBay, por exemplo, há unidades de segunda mão custando entre US$ 22 e US$ 30, algumas com garantia e variedade de cores. Na Amazon, o preço chega a US$ 119, enquanto no Mercado Livre varia de R$ 298 a R$ 450. Já na Shopee, é possível encontrar exemplares a partir de R$ 85.
Mais de duas décadas após seu lançamento, o Nokia 1100 segue ocupando um lugar especial na memória coletiva. Para muitos, ele representa não apenas um aparelho celular, mas uma era em que a tecnologia era marcada pela simplicidade, funcionalidade e, sobretudo, pela durabilidade.