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Armando Burd LEVY EM JULGAMENTO

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Ministro da Fazenda, Joaquim Levy

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

De quinta-feira a sábado desta semana, em Salvador, o PT realizará o Quinto Congresso Nacional. Um dos principais temas será a avaliação dos métodos de Joaquim Levy. Identificado ironicamente pelos adversários como ministro do FMI, enfrenta contestação de amplos setores do partido. Na entrevista publicada hoje pelo jornal Brasil Econômico, o ex-governador Tarso Genro critica o modo de enfrentar a crise: “Medidas de ortodoxia econômica e financeira, que partem do pressuposto de que a única forma de combater a inflação e revigorar a saúde financeira do Estado é reduzindo o crescimento, cortando despesas sociais, tratando a questão como puramente orçamentária. Isso, na minha opinião, é um equívoco”.

Tarso diz que “é preciso reestruturar o sistema tributário, reescalonar as alíquotas de Imposto de Renda, instituir taxação das grandes fortunas e das grandes heranças, para que pelo menos os efeitos da recomposição econômica e da retomada do crescimento sejam distribuídos para toda a sociedade, e que as penas também sejam distribuídas para todos”.

O repórter Eduardo Miranda perguntou se há expectativa de que essa reestruturação tributária venha do ministro da Fazenda. A resposta de Tarso: “Por circunstâncias políticas, acho que não. E isso nem é o gosto pessoal da presidenta Dilma, não é compatível com o discurso que ela fez para se eleger. Acho que o que vai ocorrer é uma retomada tímida do crescimento mais adiante, o que vai recuperar parte das perdas econômicas e do decrescimento que está havendo neste momento. Medidas ortodoxas como essas são como a pasta de dente fora do tubo. Depois que ela sai, não volta mais para dentro, porque ela cria uma base social, que é o sustento, e uma base parlamentar, que também lhe dá sustentação”.

Tarso se refere ainda ao futuro: “Quando me reporto à situação nacional, estou pensando, na verdade, sobre o que vai ser o meu partido, o que vai ser a esquerda, o que vai ser o centro democrático progressista depois da crise. Acho que essas medidas (do ajuste fiscal) não serão alteradas no curso do governo da presidenta Dilma”.

Fica muita clara a divergência com as teses de Levy, que serão muito mais acentuadas nas manifestações de correntes radicais do PT, das quais Tarso está distante.

 

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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