Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 31 de outubro de 2018
Líderes de partidos do centrão contrários à reforma da Previdência têm dito que, se quiser mesmo aprovar mudanças este ano, Bolsonaro deve subir à tribuna e defender as novas regras. “Ele quer terceirizar o desgaste. Como presidente eleito, tem que ser o comandante da reforma da Previdência na Câmara”, diz Paulinho da Força (SD-SP). As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo e da agência de notícias Reuters.
O futuro ministro da Casa Civil, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmou que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) vai definir sobre a possibilidade de votação de uma reforma da Previdência ainda este ano.
“É o presidente que vai decidir”, disse ele, em rápida entrevista após participar de um evento promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em Brasília.
Onyx não respondeu sobre a formação do superministério de infraestutura. Disse apenas que começaria a partir desta quarta-feira às 16h a “estruturação da transição”.
“Até que tudo esteja constituído é um período de poucas palavras e muito trabalho para que a gente possa depois apresentar muitas ações para mudar o Brasil”, disse Onyx.
“Daqui até a próxima terça vamos falar muito pouco porque temos muito trabalho pela frente”, acrescentou. Bolsonaro deve viajar a Brasília na próxima terça-feira, quando é esperado que se reúna com o presidente Michel Temer.
Estrutura ministerial
Bolsonaro (PSL) dará na próxima semana as primeiras sinalizações relativas à nova estrutura ministerial, disse nesta quarta-feira o deputado Onyx Lorenzoni.
A equipe de Bolsonaro trabalha com uma formatação de governo com cerca de 15 ministérios, unindo estruturas de pastas atuais. O presidente eleito tem anunciado nomes de ministros em sua conta pessoal no Twitter.
Onyx teve nesta quarta-feira a primeira reunião de trabalho com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha – que coordenará, pelo lado do governo federal, a transição.
Em entrevista após o encontro, Onyx explicou que foram entregues à Casa Civil os primeiros 22 nomes a serem nomeados para a equipe de transição, a maioria na equipe econômica e também na área de infraestrutura.
“À medida que ministros forem nomeados serão trazidos novos técnicos para cada área”, explicou o deputado, que deverá ser o novo ministro da Casa Civil. Os nomes passarão por um sistema de checagem e antes de serem divulgados.
Em rápida entrevista coletiva após reunião com o atual titular da pasta, Eliseu Padilha, Onyx disse que nesse primeiro encontro já foi possível conversar com as áreas técnicas da Casa Civil, ver os avanços obtidos e o que ainda precisa ser feito.
Padilha entregou a Onyx o livro da transição, com relatórios de cada uma das áreas.