Quarta-feira, 04 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 2 de junho de 2025
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nessa segunda-feira (2) no inquérito que investiga o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por atuação nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.
O deputado federal é autor da queixa-crime enviada à Procuradoria-Geral da República (PGR) que deu origem ao inquérito, aberto pela PF.
Segundo a PGR, desde o ano passado o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vem “reiteradamente e publicamente afirmando que está se dedicando a conseguir do governo dos Estados Unidos a imposição de sanções contra integrantes do Supremo Tribunal Federal”.
Na denúncia enviada ao Supremo, a procuradoria citou postagens em redes sociais e entrevistas a veículos de imprensa dadas por Eduardo Bolsonaro.
Segundo a PGR, o deputado licenciado pode estar tentando intimidar a Justiça brasileira no caso contra o pai dele, conduta que pode confirmar crimes como:
* coação no curso do processo;
* e possível obstrução à investigação de infração penal que envolva organização criminosa.
Em março deste ano, Eduardo Bolsonaro anunciou licença do mandato parlamentar para morar nos Estados Unidos, onde está desde o fim de fevereiro.
Ao anunciar a decisão, ele fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, responsável pelo inquérito que tornou réu o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado em 2022.
Bloqueio
Antes de prestar depoimento à PF, Lindbergh afirmou que vai solicitar à PGR o bloqueio de bens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo Lindbergh, está claro que o pai ajuda a sustentar o filho nos Estados Unidos. A principal forma do financiamento seria por meio de pagamentos via Pix: “A gente acha que isso que está alimentando essa campanha cotidiana de ataques à instituição [STF]”, explicou.