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Brasil Líderes de partidos do “centrão” já começaram a manifestar insatisfação com a demora do governo federal em nomear para cargos os seus indicados

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A cúpula menor, voltada para baixo, abriga o Plenário do Senado Federal. A cúpula maior, voltada para cima, abriga o Plenário da Câmara dos Deputados.
Uma das novidades é a previsão do “diálogo competitivo”. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Líderes de partidos do “centrão” já começaram a manifestar insatisfação com a demora do governo em nomear os indicados para uma série de cargos oferecidos pelo governo federal nas últimas semanas. Os nomes aguardam uma análise de currículo no momento.

As negociações envolvem quatro partidos: PP, PL, Republicanos e PSD. Entre eles, definiram quem iria pedir o quê. O PP ficou com as presidências do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).

O PL teria direito a indicar o presidente do Banco do Nordeste, e o Republicanos, uma secretaria no Ministério do Desenvolvimento Regional. Já o PSD negocia superintendências da Funasa nos Estados. Os nomes foram enviados ainda no início da semana passada.

Líderes do “centrão” esperavam, porém, que as nomeações saíssem na última sexta-feira (24). Mesmo considerando o dia conturbado com o pedido de demissão de Sérgio Moro, não estão contentes com a ausência de indicações no Diário Oficial até essa terça-feira (28).

Eleição à presidência da Câmara

Pela primeira vez desde o início do governo Bolsonaro, a negociação se deu sem envolver Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados. Pelas críticas que fez a como Bolsonaro conduziu a crise do coronavírus, Maia foi escanteado pelo Palácio do Planalto das conversas com o “centrão”.

Para PP, PL e Republicanos, excluir Maia da distribuição dos cargos serviu para mostrar força na Câmara dos Deputados, já mirando a eleição à presidência da Casa em 2021. Mesmo se não conseguirem os cargos que pediram, conseguiram demonstrar que têm capital político e barganham com Bolsonaro.

Arthur Lira (AL), líder do PP na Câmara, é um potencial candidato à sucessão de Maia, assim como Marcos Pereira (SP), vice-presidente da Câmara e presidente do Republicanos. Por ora, o favorito de Maia para sucedê-lo é Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Lira e Marcos Pereira, porém, não perderam a esperança de ter o apoio do presidente da Câmara. A intenção de desgastar Maia tem também essa motivação — fazer com que ele faça concessões para se reaproximar desses partidos. O “centrão” não abandonou Maia, assim como ainda não está fechado com Bolsonaro.

Demissão de Moro

Na sexta-feira, lideranças do PP, PL e Republicanos protegeram Jair Bolsonaro na repercussão das acusações do ex-ministro Sérgio Moro. O ex-juiz da Operação Lava-Jato disse que o presidente tentou interferir na PF (Polícia Federal) e tomar conhecimento de investigações sigilosas sobre ele e seus filhos.

O primeiro teste da base do governo após a nova rodada de negociações, porém, é visto com cautela no Congresso. Os partidos que saíram em defesa do governo após a acusação de interferência na PF são os mesmos que atuavam em pautas contrárias a Moro, como a desidratação do pacote anticrime e a retirada do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) das mãos do ministro.

Por isso, lideranças avaliam que esses partidos não teriam agido de outra forma mesmo sem oferta de cargos, e que ainda é cedo para dizer se a reaproximação de Bolsonaro com os líderes terá algum efeito nas votações.

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