Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 11 de julho de 2016
A cirurgia plástica pode elevar a autoestima de muitos pacientes, mas é preciso alguns cuidados. Só no ano passado, 900 mil cirurgias estéticas foram feitas no Brasil, procedimentos que podem ser perigosos e até matar.
As mortes por lipoaspiração são as mais comuns entre as intervenções. Segundo o cirurgião plástico Luis Henrique Ishida, é importante ressaltar que a lipoaspiração não é para emagrecer e sim para modelar e o médico tem que associar o volume de gordura que será retirado aos limites de segurança do paciente.
Como o procedimento não ajuda a perder peso, existem limites de segurança para o volume a ser lipoaspirado. Ele é indicado nos casos de gordura localizada, que dificilmente desaparece – apesar de atingido o peso ideal. Além disso, a gordura retirada pode ser utilizada para preenchimento de outras áreas, auxiliando na harmonização do contorno corporal.
No entanto, seguir as recomendações de um médico capacitado é fundamental para o sucesso da cirurgia. É importante que as incisões cirúrgicas não sejam sujeitas à força excessiva, à escoriação ou ao movimento durante o período de cicatrização.
Os casos fatais estão ligados, na maioria dos casos, à falta de qualificação do médico. Para um profissional estar habilitado em cirurgia plástica, ele precisa passar por cinco anos de residência médica, dois anos em cirurgia geral e mais três anos em cirurgia plástica.
Formação do médico.
Para se certificar da formação do médico, qualquer paciente pode acessar o site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (www.cirurgiaplastica.org.br) e verificar se o nome do profissional está cadastrado.
Isso pode ser feito também através de um aplicativo. A entidade lançou recentemente um app para smartphones que contém informações sobre procedimentos reparadores e estéticos, além de dados do profissional associado, como endereço e telefone para contato.
Conheça os possíveis riscos da lipoaspiração:
– Cicatrizes desfavoráveis;
– Sangramento (hematoma);
– Acúmulo de líquido (seroma);
– Riscos anestésicos;
– Má cicatrização;
– Necrose da pele;
– Dormência ou demais alterações de sensibilidade da pele;
– Assimetria;
– Despigmentação da pele e/ou inchaço prolongado;
– Queimadura causada pelo ultrassom – técnica de lipoaspiração assistida por ultrassom;
– Danos em estruturas mais profundas tais como nervos, vasos sanguíneos, músculos e pulmões;
– Dor, que pode perdurar;
– Trombose venosa profunda, complicações cardíacas e pulmonares;
– Fios de sutura podem espontaneamente emergir na pele, tornando-se visíveis ou causar irritação que exija sua remoção;
– Possibilidade de novo procedimento cirúrgico.