Segunda-feira, 29 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 21 de janeiro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A equipe da presidente Dilma no Planalto quer estrear fevereiro no Congresso sabendo quem é quem na ‘base governista’, se pode contar com os aliados, e vai cobrar a fatura para votações importantes. E, claro, para barrar o processo de impeachment. Segue em ritmo intenso o pente-fino, a mando de ministros, para identificar apadrinhados políticos que, discreta ou escancaradamente, apoiam o impeachment da presidente Dilma nas ruas e nas redes sociais. Listas circulam pela Esplanada dos Ministérios em meio à varredura já batizada de “macartismo petista”.
Um por todos..
Nessa estratégia palaciana não está descartada a tática do medo: pressionar deputados e senadores para votarem com o Planalto, com risco de perderem cargos importantes.
..todos por ela
Outra lista, esta bem atualizada, aponta os cargos de primeiro a terceiro escalões nas estatais, em Brasília e nas capitais, cedidos para os aliados. Dilma tem uma.
Fatura aberta
A lista dos apadrinhados surgiu após a constatação, em novembro, de que o Planalto não alcançou os 300 deputados-fiéis como especulava diante das benesses cedidas.
Apito com Dilma
Com os clubes falidos – por má gestão há décadas – a despeito do esforço de patrocinadores privados e dos governos federal e estaduais, a presidente Dilma decidiu se blindar de calotes. O Governo já ajuda com repasses da arrecadação da Timemania, com a recente renegociação facilitada das dívidas de impostos federais e com os patrocínios milionários da Caixa e do Banco do Brasil a vários grandes times.
Time escalado
Dilma oficializou o apoio para salvar o caixa dos times, mas envolvendo uma frente interministerial para fiscalização e cobranças. O Decreto 8.642, do último dia 19 de janeiro, criou a Autoridade da Governança de Futebol, sem custos.
Justiça vendada
Representantes de entidades que prometem centrar fogo contra o Caixa 2 de campanha nas eleições deste ano avaliam que o TSE e TREs deveriam tirar as “vendas” e agir com mais veemência em determinados casos de corrupção à luz dos olhos.
Gabinete das lamúrias
O gabinete do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, virou destino de empresários que desabafam lamúrias. Com o cofre mais que apertado, Barbosa recebe em especial os industriais com discurso não muito convincente de reviravolta no cenário da economia.
Guerrilha virtual
A ordem dos movimentos que hasteiam bandeira do impeachment é intensificar táticas de guerrilha nas redes sociais. A autocrítica é de que a “desmobilização virtual” foi a grande responsável pela queda vertiginosa de público nas últimas marchas pelo Brasil.
Sem pressão
O presidente da Associação Nacional de Consultores Políticos, Carlos Manhanelli, aponta que não há impeachment sem pressão popular. Lembra que a queda do ex-presidente Fernando Collor iniciou nas ruas com os tradicionais caras-pintadas. “O clima das ruas está frio”, resume.
Referências
Manhanelli afirma que, além das denúncias que atingem em cheio figurões do governo e do PT, a grave crise econômica que afeta o País pode ser impulsionador do processo de impeachment. “Dê instabilidade política ao povo e ele devolverá com instabilidade política”, afirma o professor, em citação livre do escritor inglês Karl Marx.
O Lula de sempre
Frases curiosas do ex-presidente Lula, em coletiva a blogueiros simpatizantes do PT ontem em São Paulo: “Fecha os olhos trinta segundos e veja o que seria esse País sem o PT..”; “O PT vai ressurgir das cinzas como fênix, muito mais forte”; “Posso desistir de ser candidato (em 2018), mas jamais desistirei da política”.
Ponto Final
“Não tem uma viva alma mais honesta do que eu”
De Lula, que já se comparou a Cristo quando inquilino do Planalto.
Com Equipe DF, SP e Nordeste
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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