Quinta-feira, 19 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 2 de janeiro de 2016
Por 70 anos, o governo da Baviera, na Alemanha, manteve lacrada em cofre uma herança maldita: os direitos autorais de “Mein Kampf” (“Minha luta”), o livro de Adolf Hitler. Com a liberação da publicação, sete décadas depois da morte do autor, o volume será editado e vendido pela primeira vez desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Mas, embora com nível de best-seller, a obra continua controvertida e motivo de amplo debate nacional. A primeira nova edição da obra de Hitler, uma versão crítica, comentada, com dois volumes e 2 mil páginas, será vendida nas livrarias a partir da próxima sexta-feira.
Reedições do livro de 1943, bem como a original, de 1924-1925, começaram a ser oferecidas pelas livrarias on-line da Thalia, Weltbild ou Amazon desde ontem e deverão ocupar as prateleiras de outras casas especializadas hoje, quando o comércio voltará a funcionar depois do feriado na Alemanha.
O livro é tema de uma disciplina do curso de História da Universidade de Viena, na Áustria, e há planos de abordagem da obra nas escolas alemãs. O interesse é grande, mas a polêmica é ainda maior. A obra foi liberada, mas os Estados alemães não desistiram de proibi-la como instrumento de propagação do ódio racial, conforme decisão dos secretários de Justiça de todo o país. (AG)