Segunda-feira, 06 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 19 de setembro de 2018
O livro do jornalista americano Bob Woodward, que fala mal do governo de Donald Trump, “Fear” (Medo), vendeu mais de 1,1 milhão de exemplares na sua primeira semana nas livrarias, o melhor início de vendas já registrado pela editora Simon & Schuster. A cifra inclui as vendas de livros impressos, audiolivros e livros digitais, informou a editora, filial do grupo de mídia CBS.
Somente no dia 11 de setembro, quando foi lançado o livro que conta o “caos” reinante na Casa Branca na era Trump, “Fear” vendeu 900 mil exemplares. Woodward, o jornalista do The Washington Post que, junto com Carl Bernstein, ajudou a revelar o escândalo Watergate que derrubou o presidente Richard Nixon em 1974, teve um sucesso maior do que o livro “Fire and Fury”, de Michael Wolff, também sobre o governo Trump. A editora anunciou que já providenciou a décima impressão do livro, o que elevará a quantidade de cópias impressas a 1,2 milhão.
Assédio
Brett Kavanaugh, o indicado por Trump para a vaga em aberto na Suprema Corte dos EUA, e Christine Blasey Ford, que o acusou de assédio sexual quando os dois estavam no ensino médio, afirmaram na segunda-feira (17) que estão dispostos a prestar depoimento no Senado, que avalia a nomeação do juiz, para esclarecer o caso. As informações são da agência de notícias Efe.
A advogada de Christine, Debra Katz, afirmou em entrevista à emissora NBC que sua cliente está disposta a fazer o que for necessário para levar a denúncia adiante, o que inclui testemunhar sob juramento no Senado.
Já Kavanaugh divulgou um comunicado no qual afirmou que a acusação é “completamente falsa”. “Nunca fiz nada como o que foi descrito pela acusadora, nem a ela e nem a ninguém”, apontou o juiz, que também disse estar disposto a depor no Senado para defender a sua “integridade”.
Kellyanne Conway, uma das principais assessoras de Trump, disse à FoxNews que Christine deve ser ouvida. “Ela não deveria ser insultada e nem ignorada”, declarou. Chuck Grassley, chefe do Comitê do Senado que avalia a indicação de Kavanaugh, explicou em comunicado que “qualquer pessoa que tenha uma história como a de Ford merece ser ouvida”.
O senador republicano informou que está trabalhando “para escutá-la de uma forma apropriada” e afirmou que o procedimento “padrão” estabelece que sejam realizadas antes ligações telefônicas para o acusado e a denunciante.
No entanto, Grassley não se pronunciou sobre os pedidos de adiamento da votação no Comitê de Justiça para recomendar a indicação de Kavanaugh, marcada inicialmente para quinta-feira. As solicitações foram feitas por todos os democratas e os três republicanos que fazem parte do comitê.