Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 4 de outubro de 2019
Com o objetivo de combater o furto, roubo e receptação de celulares em Porto Alegre, agentes da Guarda Municipal e fiscais da SMDE (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico) deflagraram na tarde dessa sexta-feira uma operação integrada com a BM (Brigada Militar). O alvo foram lojas e serviços de assistência técnica nas ruas Doutor Flores e Voluntários da Pátria, próximo ao Camelódromo.
Ao todo, foram fiscalizados dez estabelecimentos suspeitos de armazenar e comercializar de forma irregular esses telefones. Resultado: quatro pontos comerciais interditados, uma pessoa presa por furto e outras nove encaminhadas para registro policial por receptação. A vistoria abrangeu mais de 300 aparelhos, dos quais 44 acabaram apreendidos por falta de comprovação de procedência.
De acordo com o secretário municipal de Segurança, Rafael Oliveira, essas ações-conjuntas prosseguirão na cidade, de forma pontual, contando para isso com integrantes das forças de segurança e outros órgãos, somando esforços em âmbito municipal e estadual:
“Isso vai trazer uma sensação de segurança gigantesca para a cidade, pois é aqui que começa a base do crime, com celulares que vão para dentro da cadeia, para mão do traficante e do criminoso. e isso que nós estamos coibindo, essa grande ferramenta que é a comunicação em favorecimento do crime”.
Dados
Para o comandante do 9º BPM (Batalhão de Polícia Militar), tenente-coronel Luciano Moritz, a presença do poder público no combate a esse tipo de crime tem demonstrado uma resposta positiva em favor da comunidade. Cerca de 100 brigadianos participaram a operação dessa sexta-feira.
Um dado preocupante é que mais de 50% dos roubos a pedestre registrados na área central de Porto Alegre envolvem celulares. Por outro lado, houve uma redução de aproximadamente 10% nos casos de furto e roubo de celulares na área central da capital gaúcha, em relação ao mesmo período do ano passado.
“Trata-se de uma verdadeira ‘indústria’ à parte, que precisa ser combatida”, corroborou o titular da SMDE, Eduardo Cidade. “É uma atividade criminosa que fomenta a insegurança e a violência, além de representar um risco para o consumidor e uma evasão de recursos para os cofres públicos. Temos o dever de fiscalizar e vamos continuar fechando o cerco contra esse tipo de irregularidade.”
A iniciativa integrada também contou com a participação do Corpo de Bombeiros Militar. A corporação atuou na fiscalização e conferência das condições e documentos referentes ao PPCI (Plano de Prevenção Contra Incêndios) nos estabelecimentos visitados. Ainda não foram divulgados dados sobre esse aspecto da ação-conjunta.
(Marcello Campos)