Esporte Longe da torcida, o Inter enfrenta nesta terça-feira o Ceará, adversário direto na busca pelo G4 da Série B
Por Redação O Sul | 10 de julho de 2017
Em meio à campanha irregular na Série B do Campeonato Brasileiro, o Inter experimenta uma situação inusitada: a de considerar como um aspecto positivo as partidas fora de Alegre, pressuposto que contraria a tradicional expectativa de que os confrontos em casa tendem a favorecer as vitórias.
Isso porque os resultados insatisfatórios obtidos recentemente pelo Colorado no estádio Beira-Rio, somados aos episódios violentos por parte da torcida após o apito final, têm contribuído para deixar os atletas inseguros para buscar em campo a reabilitação e tão esperado “encaixe” da equipe treinada por Guto Ferreira.
De acordo com essa linha de raciocínio, o clube gaúcho tem na noite desta terça-feira, contra o Ceará, uma oportunidade de reencontrar o caminho das vitórias, que andam escassas (apenas quatro em 12 rodadas). O duelo, marcado para as 20h30min na Arena Castelão, em Fortaleza (CE). A missão não deve ser fácil: quinto colocado (uma posição à frente do Inter), o adversário perdeu apenas uma vez neste ano em seus domínios.
O embarque para o Nordeste ocorreu na noite de domingo e o grupo teve o seu último treino na tarde dessa segunda-feira, já na capital cearense. Embora a escalação só deva ser conhecida instantes antes da partida, a ideia de Guto Ferreira é dar sequência ao time que empatou em 1 a 1 com o Criciúma no último sábado, resultado aquém do desempenho demonstrado no “Gigante”.
A lista de relacionados incluiu os goleiros Danilo Fernandes, Marcelo Lomba e Daniel, os laterais Claudio Winck, Uendel e Iago, os zagueiros Klaus, Victor Cuesta, Danilo Silva e Léo Ortiz, os volantes Rodrigo Dourado, Edenílson, Fabinho e Charles, os meias D’Alessandro, Felipe Gutiérrez, Diego, Juan e Eduardo Sasha e os atacantes William Pottker, Nico López, Brenner, Carlos e Marcelo Cirino.
Vândalos
Os atos de violência promovidos por parte da torcida do Inter no Beira-Rio após o jogo contra o Criciúma já são alvo de punição oficial para duas torcidas organizadas do clube. Serão 90 dias em que os seus integrantes não poderão frequentar o estádio caracterizados com uniformes, adereços, bandeiras e outros materiais que identifiquem tal vinculação.
A medida não impede que os baderneiros ingressem no estádio, lacuna que mantém o risco de novos confrontos. No que depender do Juizado do Torcedor, no entanto, os responsáveis não ficarão impunes.
Em entrevista à Rádio Grenal (95.9 FM ou www.radiogrenal.com.br), o promotor Márcio Bressani garantiu que o órgão – vinculado ao Ministério Público – já está fazendo um levantamento para identificar os protagonistas da confusão, valendo-se inclusive das imagens de câmeras de monitoramento do Inter.
“São condutas que somam umas às outras, valendo-se da atuação em grupo”, enfatiza Bressani. “Já tivemos em outros momentos esse mesmo tipo de medida. A restrição às organizadas é apenas um primeiro passo. Também conversaremos com a direção do Inter e com os próprios líderes dos grupos, a fim de saber quem são os responsáveis.”
Nessa segunda-feira, o Juizado do Torcedor enviou um ofício à Brigada Militar, solicitando uma nova avaliação sobre as condições de segurança do estádio Beira-Rio. O promotor Márcio Bressani informou que o pedido foi feito por e-mail e agora o Ministério Público aguarda uma resposta.
Caberá à corporação decidirá se haverá uma nova avaliação nas instalações do estádio colorado ou se manterá o documento atual, que libera o local. “O laudo já existe. A Brigada Militar tem a incumbência da avaliar a segurança e dizer se há alguma alteração nas condições verificadas anteriormente”, reitera. Isso diz respeito às questões de segurança em geral, incluindo os últimos acontecimentos.”
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