Por Redação O Sul | 13 de agosto de 2015
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poupou críticas à oposição e disse que os que perderam as últimas eleições ainda não se deram conta de que a presidenta Dilma Rousseff foi eleita. Ao participar da abertura da 5ª Marcha das Margaridas, na terça-feira, em Brasília, o petista afirmou que os opositores ainda não “saíram do palanque”.
“Eles diziam que eu vivia no palanque, mas hoje quem não sai do palanque são eles”, ironizou o ex-presidente durante o encontro que teve como tema: “Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade”. Lula defendeu a mandatária, dizendo que ela é alvo de preconceito por ser mulher e que a crise não existe por culpa dela. Ele ainda se dedicou a comparar o desempenho na economia de seu governo e de Dilma com o da administração tucana. “No tempo deles desemprego não era 7%, era 12,5%.”
“Essas mesmas pessoas que hoje se apresentam como salvadores da pátria se esqueceram de que quando eu cheguei ao governo este País estava quebrado e dependia do FMI [Fundo Monetário Internacional]”, criticou o ex-presidente, que ainda fez um desafio à oposição. Ele disse que está se organizando para andar pelo País, mas que duvida que os opositores do governo tenham a coragem de fazer o mesmo.
Lula contou que está “preparando o caminho” para voltar a viajar pelo Brasil. “A presidenta Dilma já começou a viajar pelo Brasil. Eu vi esses dias que ela já foi a Roraima, ela já foi a Rondônia, eu já vi que ela foi ao Maranhão. Ela vai para um canto, os ministros vão ter que andar por outro, os deputados por outro, os senadores por outro, e eu por outro. Eu quero ver se os nossos adversários estão dispostos a andar por este País e discutir este País como ele precisa ser discutido”, afirmou o petista.
Ele lembrou ainda que também foi alvo de ameaças de impeachment. “Eu sei que o momento não é fácil, eu já passei por isso. E só levantei a cabeça por conta de vocês. Eu lembro que, em 2005, quando os mesmos que estão atacando Dilma diziam que iam fazer o impeachment do Lula, eu disse para eles: se vocês quiserem me cortar, vocês vão ter que ir para a rua escutar o povo brasileiro. Nós vamos ter que conversar com este povo para mostrar para ele o que está acontecendo neste País.”
