Segunda-feira, 10 de novembro de 2025
Por Flavio Pereira | 13 de maio de 2023
Aparentemente sóbrio, o presidente Lula da Silva (PT), especialista em chutar números para uso político, afirmou na última quinta-feira (11) que morreram 700 milhões de brasileiros durante a pandemia de covid-19, diante do silêncio de uma plateia amestrada. Foi na cerimônia de assinatura do Decreto de Regulamentação da Lei Paulo Gustavo, que destina recursos para o setor cultural, em Salvador (BA). O absurdo não mereceu nenhum senão das autoridades e do público restrito que compareceu na solenidade, embora o Brasil, segundo o IBGE, tenha 207,8 milhões de habitantes, com base na prévia do Censo 2022. Nenhuma das atentas agências que denunciam fake news apareceu até agora para corrigir a desinformação de Lula.
A volta da polêmica das mortes por covid
A fala de Lula e a manipulação do número de mortos por covid para uso político, diante da certeza de que não será contestado por ninguém, trouxe de volta a lembrança do estudo elaborado pelo auditor do Tribunal de Contas da União Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, e que foi formalmente desautorizado por aquele órgão. Lembram? Marques é auditor concursado, e trabalha desde 2008 no TCU e foi execrado após trazer o estudo. Como todos sabem, há muitos interesses políticos e econômicos envolvidos nessa questão da pandemia, pois havia uma espécie de “prêmio” mediante a distribuição de recursos do governo federal a estados e municípios, utilizando como critério o número de pessoas infectadas, e o total de óbitos.
Recuperando os fatos
De forma extraoficial, o auditor do TCU revelou em estudo de 125 páginas, fortes indícios de uma suposta supernotificação do número de mortes por covid-19 no Brasil. O estudo foi desautorizado pelo TCU. Por exemplo: um sujeito que morreu em acidente de trânsito, e a autópsia revelou ter contraído covid, teve seu óbito atribuído ao vírus. Outro, que sofreu uma queda no banheiro de sua casa, bateu com a cabeça e morreu de traumatismo, teve a morte atribuída à covid, por estar infectado pelo vírus. E assim milhares de outros casos. O auditor Alexandre Figueiredo estimou em 41% o número real de óbitos ocorridos no país em decorrência do covid. Se esse estudo, baseado em dados dos Cartórios de Registros Naturais de todo o País estiver certo, ao invés dos 702 mil óbitos lançados até agora por governadores e prefeitos, o número real seria de 287 mil. O número exagerado de óbitos por covid seria decorrente de “um expediente de governadores para obterem mais recursos do Executivo Federal”, aponta o relatório.
Mortes por covid até hoje seriam 287 mil?
O dado está registrado no portal oficial do Ministério da Saúde: até ontem, o Brasil notificou 702.116 mortes por covid-19 desde o início da pandemia. A valer a supernotificiação de óbitos de covid denunciada no estudo usado por Alexandre Figueiredo para chegar a esta conclusão, na verdade teríamos 41% deste total, chegando aos 287 mil. Porque, se este relatório que não foi considerado pelo Tribunal de Contas da União, fosse examinado com rigor, teríamos uma nova realidade do número de óbitos no Brasil desde o início da pandemia.
Delegada Nadine coíbe pornografia em exposição no Legislativo
A presidente em exercício da Assembleia Legislativa, deputada Delegada Nadine (PSDB) informa à coluna, que agiu rápido ontem e tão logo tomou conhecimento do fato, determinou a retirada de painéis com grosseira pornografia, que foram enxertados em uma exposição de desenhos infantis promovida pelo Instituto de Artes da UFRGS no hall do legislativo. O painel, com pornografia totalmente descontextualizada, foi denunciado pelos deputados Rodrigo Lorenzoni (PL), Capitão Martin (Republicanos) e Marcus Vinicius (PP).
No Senado, a farra das verbas indenizatórias
Na bolha em que vivem, senadores conseguiram receber desde janeiro, R$14 milhões, para ressarcir despesas, inclusive para gastos pessoais valendo-se da “Cota para Exercício da Atividade Parlamentar”. O sistema é tão absurdo, que o benefício do ressarcimento aos 81 senadores inclui verba para passagens aéreas, de R$21.045,20 para os eleitos pelo Distrito Federal.
Ciro Gomes, do PDT, em Lisboa: “Lula não foi inocentado”
Ciro Gomes voltou ontem a atacar Lula. Em uma palestra na Universidade de Lisboa nesta sexta-feira (12), o ex-ministro da Fazenda e ex-governador do Ceará Ciro Gomes, que obteve 3% dos votos na última eleição presidencial, afirmou que a corrupção continua solta no governo. Para o ex-ministro, Lula nunca quis mudar, pois não tem compromisso com a mudança do Brasil. “Ele é o responsável pelo reacionarismo vigente, porque ganha com isso”, ressaltou.
“Caramba, o Lula foi parar na cadeia. Será possível que não aprendemos nada? Ou nós acreditamos que Lula foi inocentado? Ele não foi. O Lula teve direito à presunção de inocência restaurada. É diferente de ser inocentado em um julgamento.”
Aparecem nomes de infiltrados de esquerda nos atos de 8 de janeiro
Tema explosivo para a CPMI do 8 de janeiro: Com base em documentos sigilosos, foram identificados filiados e ex-integrantes de partidos de esquerda que participaram dos protestos ocorridos em janeiro na Praça dos Três Poderes. A informação, divulgada ontem pela revista Oeste, mostra que alguns desses militantes de esquerda foram presos por causa dos atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes. Elisiane Lucia Harms, de Foz do Iguaçu (PR), é filiada ao PT desde setembro de 2009. Marina Camila Guedes Moreira, de Barueri (SP), milita nas trincheiras ao PCdoB desde 2015. Também é o caso de Ana Elza Pereira da Silva, ligada há 22 anos ao hoje denominado Cidadania (ex-PPS, oriundo do “Partidão”), revela a publicação.
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