Terça-feira, 11 de novembro de 2025

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Política Lula é aplaudido após criticar “homens que fazem guerra e que não estão na COP30”

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Lula afirmou que o evento é o "momento de impor uma nova derrota aos negacionistas". (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

No discurso de abertura da COP30, a conferência da ONU que discute mudanças climáticas em Belém (PA), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou quem não compareceu ao evento, sem citar especificamente nenhum país. “Se os homens que fazem guerra estivessem aqui nessa COP iam perceber que é muito mais barato colocar US$ 1,3 trilhão para acabar com um problema que mata, do que US$ 2,7 trilhões para fazer guerra, como fizeram no ano passado”, disse.

O discurso do presidente Lula na abertura da COP30 foi aplaudido de pé ao seu final. Na sequência, ele deixou o plenário.

Lula afirmou que o evento é o “momento de impor uma nova derrota aos negacionistas”. “Na era da desinformação, os obscurantistas rejeitam não só as evidências da ciência, mas também os progressos do multilateralismo. Eles controlam algoritmos, semeiam o ódio e espalham o medo. Atacam as instituições, a ciência e as universidades”, disse.

No início de sua fala, de improviso, ele também criticou líderes mundiais que não compareceram ao evento, sem citar especificamente nenhum país —a ausência mais notória é a de Donald Trump. Em um discurso acalorado, ele fez um paralelo com líderes que participam de guerra.

“Se os homens que fazem guerra estivessem aqui nessa COP iam perceber que é muito mais barato colocar US$ 1,3 trilhão para acabar com um problema que mata, do que US$ 2,7 trilhões para fazer guerra, como fizeram no ano passado”, disse.

Lula lembrou o ciclone que matou seis pessoas no Paraná, defendeu a necessidade de investimentos em adaptação climática e a demarcação de terras indígenas e voltou a pleitear a transição energética.

“Precisamos de mapas do caminho para que a humanidade, de forma justa e planejada, supere a dependência dos combustíveis fósseis, pare e reverta o desmatamento e mobilize recursos para esses fins”, disse.

O presidente brasileiro também foi incisivo quando defendeu a escolha de Belém como sede da conferência —a escolha foi criticada por membros do próprio governo e da sociedade civil, que defendiam que o evento fosse realizado em cidades mais ricas, como Rio de Janeiro e São Paulo.

Ao citar que a amazônia abriga cerca de 50 milhões de pessoas, ele disse que “quem só vê floresta de cima desconhece o que se passa à sua sombra”.

“Seria mais fácil ter feito a COP numa cidade acabada, numa cidade que não tivesse problema. E nós resolvemos aceitar o desafio de fazer a COP em um estado da Amazônia para provar que quando se tem disposição política, quando se tem vontade e quando se tem compromisso com a verdade, a gente prova que o homem não tem nada que seja impossível para ele”, afirmou. “O impossível é a gente não ter coragem de enfrentar desafios.”

Ainda sobre a escolha da cidade, ele elogiou a população de Belém e sugeriu aos representantes de outros países que aproveitem a culinária paraense. “Tirem proveito dessa cidade, da alegria, da beleza e do charme, do carinho, e do amor de homens e mulheres que vão receber vocês”, afirmou. “E sobretudo tirem proveito da culinária do Pará; aqui vocês vão comer comidas que vocês não comeram em nenhum lugar do mundo. Talvez o melhor peixe, e não se esqueçam de comer a maniçoba”, afirmou.

Ao lembrar a Rio-92, evento que criou as COPs climáticas, Lula disse que a Convenção do Clima retorna à sua terra natal “para recuperar o entusiasmo e o engajamento que embalaram o seu nascimento”.

A COP30 começou oficialmente nessa segunda. Na quinta (6) e sexta (7), autoridades de mais de cem países, incluindo chefes de Estado e de governo, reuniram-se também em Belém para a Cúpula de Líderes. No evento, foram discutidos o TFFF, fundo criado pelo governo brasileiro para proteger florestas tropicais, além de metas para zerar as emissões de combustíveis fósseis no setor energético.

A conferência da ONU, que vai até o próximo dia 21, reúne diplomatas e membros da sociedade civil. Os primeiros serão os responsáveis por negociar pontos-chave de acordos internacionais sobre a pauta ambiental. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

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