Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 17 de junho de 2023
Pesquisa Datafolha sobre a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgada neste sábado (17) mostra que 37% avaliam o governo como ótimo ou bom; 27% acham ruim ou péssimo; 33%, regular; 3% não opinaram.
Após cinco meses de mandato, segundo o Datafolha, a avaliação se mantém constante. Na última pesquisa, divulgada no início de abril, Lula tinha a aprovação de 38% e reprovação de 29%. 30% achavam a gestão regular.
A aprovação de Lula é maior entre os respondentes de renda mais baixa, que recebem até dois salários mínimos por mês. Também o avaliam como ótimo ou bom menos escolarizados e nordestinos. Respectivamente, 43% ótimo/bom, 47% e 47%.
A reprovação do petista, por outro lado, é maior entre a classe média baixa (recebem de dois a cinco salários mínimos) e entre os moradores do Centro-Oeste — 34% cada. Evangélicos e ricos, com renda mensal a partir de 10 salários mínimos, a reprovação é de 37% e 49%, respectivamente.
Comparação
A fim de comparação, quando completava 5 meses de mandato, em junho de 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro contava com 33% de aprovação, 33% de reprovação e com a avaliação regular de 31%.
Se considerados os limites da margem de erro, há um empate técnico com ligeira vantagem numérica para Lula, aponta o instituto de pesquisa.
O petista fica atrás das avaliações de Fernando Henrique Cardoso em 1995 (40% de aprovação; 40%, regular; e 17%, reprovação), de Dilma Rousseff em 2011 (49%; 38% e 10%) e do próprio mandato de 2003 (42; 43% e 11%).
A sondagem entrevistou 2.010 eleitores em 112 municípios, entre os dias 12 e 14 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Pesquisa Ipec
Os dados do Datafolha são similares aos do Ipec, publicados na semana anterior. Segundo aquele levantamento, o grupo que classifica a administração do petista como “boa” ou “ótima” passou de 39% para 37% em relação a abril. Já as avaliações “ruim” ou “péssima” variaram na direção oposta, saindo de 26% para 28%. Os que consideram a gestão “regular” eram 30%, e agora totalizam 32%.
Apesar de todas as variações estarem dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos, os números do Ipec indicam uma tendência negativa da opinião pública em relação ao Executivo federal neste primeiro semestre de governo. Em março, no primeiro levantamento feito pelo instituto, 17 pontos percentuais separavam os grupos dos satisfeitos e o dos insatisfeitos. Hoje, na pesquisa que foi às ruas entre 1º e 5 de junho, essa distância está em nove pontos.