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Política Lula nega ter usado a palavra Holocausto ao criticar Israel e que Netanyahu “interpretou fala”

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“Conheço o cidadão [Netanyahu] historicamente já há algum tempo, sei o que ele pensa ideologicamente”, afirmou.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
“Conheço o cidadão [Netanyahu] historicamente já há algum tempo, sei o que ele pensa ideologicamente”, afirmou. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou que tenha usado a palavra “Holocausto” para se referir ao conflito entre Israel e o grupo Hamas, responsabilizando a interpretação de sua fala ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Apesar da acusação, o chefe do Executivo afirmou que não se pode ser “hipócrita” e “achar que uma morte é diferente da outra”.

As declarações estão em um trecho da entrevista que o presidente concedeu ao programa É Notícia, do jornalista Kennedy Alencar, da RedeTV!. Mesmo após a repercussão negativa de sua fala comparando a guerra no Oriente Médio ao Holocausto, Lula disse que “diria a mesma coisa”.

Embora não tenha utilizado a palavra Holocausto, em coletiva na Etiópia, o chefe do Executivo brasileiro fez um paralelo entre a morte de palestinos com o extermínio de judeus feito pelo líder da Alemanha Nazista, Adolf Hitler. Durante o regime nazista, que ocorreu entre 1933 e 1945, 6 milhões de judeus foram mortos.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou Lula a jornalistas no dia 18, em Adis Abeba, na Etiópia, onde participou como convidado da cúpula anual da União Africana.

As declarações foram imediatamente repudiadas pelo primeiro-ministro israelense, que afirmou que Lula “cruzou uma linha vermelha”. A fala desencadeou uma crise diplomática entre Brasil e Israel, com Lula sendo considerado “persona non grata” por Tel-Aviv e ambos os embaixadores sendo convocados para consulta.

“É exatamente o que está acontecendo na Faixa de Gaza. A gente não pode ser hipócrita de achar que uma morte é diferente da outra. Ou seja, você não tem na Faixa de Gaza uma guerra de um Exército altamente preparado contra Exército altamente preparado. Você tem, na verdade, uma guerra de um Exército altamente preparado contra mulheres e crianças”, disse o petista em entrevista gravada na manhã desta terça.

“Porque, das cem mil pessoas feridas, ou seja, você tem 30 mortos, 80% mulheres, 8 mil crianças, além de 8 mil desaparecidos. Ou seja, quantas pessoas do Hamas já foram apresentadas mortas? Ou seja, você inventa determinadas mentiras e passa a trabalhar como se fosse verdade”, acrescentou.

Lula disse que não falou a palavra “Holocausto” e que isso foi “interpretação” de Netanyahu; “não foi minha”. O chefe do Executivo brasileiro, contudo, ponderou que não esperava que o governo de Israel fosse compreender sua fala.

“Conheço o cidadão [Netanyahu] historicamente já há algum tempo, sei o que ele pensa ideologicamente”, afirmou.

“Morte é morte. Eu e o Brasil fomos o primeiro país a condenar o gesto terrorista do Hamas. O primeiro país. Mas eu não posso condenar o gesto terrorista do Hamas e ver o Estado de Israel através do seu Exército, do seu primeiro-ministro, fazendo com inocente da mesma barbaridade”, disse.

Lula voltou a pedir por um cessar-fogo e que se permita a chegada de alimentos, remédios, médicos e enfermeiros para que se possa fazer um corredor humanitário e tratar os feridos.

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https://www.osul.com.br/lula-nega-ter-usado-a-palavra-holocausto-ao-criticar-israel-e-que-netanyahu-interpretou-fala/ Lula nega ter usado a palavra Holocausto ao criticar Israel e que Netanyahu “interpretou fala” 2024-02-27
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