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Por Redação O Sul | 18 de setembro de 2015
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na sexta-feira, em Brasília, com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Preocupado com o avanço de um processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, Lula pediu a Cunha que segure os pedidos de afastamento. Na avaliação do ex-chefe do Executivo, se um processo assim começar a tramitar na Câmara, será muito difícil conter a pressão das ruas. Para Lula, a situação de Dilma é gravíssima e o governo precisa do apoio do PMDB para que a presidenta consiga aprovar o pacote fiscal e terminar o mandato.
Cunha rompeu com o governo em julho por avaliar que o Palácio do Planalto está por trás das acusações contra ele. O presidente da Câmara foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal por corrupção e lavagem de dinheiro, no rastro do escândalo da Petrobras.
Cunha recebeu, na quinta-feira, o aditamento ao principal pedido de impeachment contra Dilma. A entrega foi feita pelo jurista Miguel Reale Jr. e por uma filha de Hélio Bicudo – um dos fundadores do PT –, com apoio dos principais líderes de partidos de oposição, como o PSDB e o DEM, e de dissidentes da base aliada, incluindo políticos do PMDB. O pedido diz que Dilma cometeu crime de responsabilidade, cita o escândalo de corrupção na Petrobras e as pedaladas fiscais.
O TCU (Tribunal de Contas da União) ainda examina as contas de Dilma. A possível rejeição do balanço também poderá abrir caminho para abertura de um processo de impeachment.