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Tito Guarniere Lula x Israel

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(Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Lula joga melhor parado. Quando toma iniciativas, quando se movimenta, ou por falta de domínio no assunto, ou por viés ideológico – fórmulas vencidas de pensamento –, adentra na névoa escura da incompreensão e da polêmica. Faz bonito para a sua fiel torcida, mas alimenta conflitos onde não tem nada a ganhar, e nem o Brasil.

A má vontade de Lula com Israel é proverbial. No 7 de outubro, quando o grupo terrorista Hamas saiu da toca para atacar civis desarmados e indefesos, em assentamentos judaicos e em um festival de música pop, matando cerca de 1.300 idosos, mulheres e crianças a sangue frio, cometendo toda sorte de atrocidades, Lula demorou uma semana para condenar de leve, passando o pano, a matança.

Quando na sequência dos eventos, a situação evoluiu para uma perturbadora brutalidade de Israel, que foi muito além do necessário na resposta militar, Lula brandiu o tacape e veio com tudo: genocídio, comportamento igual a Hitler no Holocausto. Joga pesado com Israel, e afina a voz para criticar o Hamas.

Não é de estranhar a posição do presidente: seu conselheiro e guru diplomático, o ministro de fato das Relações Exteriores é Celso Amorim, um funcionário do Itamaraty cheio de marras ideológicas, com certas tendências megalomaníacas de gerenciar o destino do mundo a partir do Brasil, com ideias vetustas de deslocar o eixo dominante de influência mundial e confrontar o poder americano.

Quando Bolsonaro e sua turba conspiravam diuturnamente para desacreditar as urnas eletrônicas, abrindo o caminho a ações golpistas no caso de vitória de Lula, quem se manifestou em alto e bom som foram os Estados Unidos, em várias oportunidades. Foram mensagens explícitas do governo americano de Biden, de que os EUA não somente tinham por confiáveis as urnas eletrônicas brasileiras, como não aceitariam questionamentos oportunistas do resultado das eleições. Quem se opôs não foi Irã, Rússia, Venezuela, Cuba, o Hamas, os amigos de infância de Celso Amorim e de Lula.

Tais demonstrações de apoio certamente inibiram a sanha golpista então em curso – mas nunca impediu que Lula, em campanha e depois no governo, em cada ocasião propícia, desferisse contra a América os petardos de um aliado meio insolente, que costuma agir como um dirigente de grêmio estudantil.

Diante da repercussão negativa, Lula abandonou o argumento infame de que os judeus , as vítimas históricas do Holocausto, agora viraram os seus autores em Gaza. Passou do ponto, seria mais do que razoável acusar Israel de crimes de guerra, assassinatos de inocentes, crimes contra a humanidade, nos excessos da retaliação.

Mas a dupla Celso Amorim-Lula não abre mão de falar em genocídio na Faixa de Gaza, o que não apenas é tecnicamente discutível, quanto em nada contribui para a paz na região – só ajuda a inflar as franjas mais radicais do aprendiz de psicopata que é Netanyahu.

Viu-se na manifestação de Bolsonaro na Avenida Paulista: centenas de bandeiras de Israel em meio à multidão. A atitude hostil de Lula para com Israel, muito além da conta, em nada serve ao Brasil e abre flancos que desgastam o governo e o presidente.

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