Domingo, 06 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 23 de outubro de 2020
O governo de Madri anunciou nesta sexta-feira (23) a proibição de encontros entre pessoas que moram em casas diferentes entre meia-noite e 6h, além do fechamento de bares e restaurantes durante a madrugada. A medida faz parte de uma onda de novas restrições aplicadas em diversos países europeus que tentam controlar a segunda onda da covid-19, mas evitam adotar uma nova quarentena para não prejudicar ainda mais o setor econômico.
Com a medida em Madri, a região pretende impor “restrições drásticas à atividade social, especialmente à noite”, informou o ministro regional da Saúde, Enrique Ruiz Escudero.
Dessa forma, bares e restaurantes não poderão receber clientes após 23h e terão que fechar à meia-noite. A medida ocorre dias após as autoridades afirmarem que boa parte das novas infecções estava ocorrendo em reuniões sociais e entre jovens e quando rumores sugerem uma extensão do estado de alarme.
O primeiro-ministro Pedro Sánchez afirmou nesta sexta que, pelo menos por enquanto, não irá mais anunciar nenhuma medida restritiva no país:
“O que temos que fazer é reduzir o movimento e o contato social. Não há outra solução” disse em um pronunciamento na TV. “Se não seguirmos as precauções, estaremos colocando as vidas de quem mais amamos em risco.”
O anúncio ocorre um pouco antes do término, neste sábado (24), do atual estado de alarme no país. Outras duas regiões espanholas, Castela e Leão, no Norte, e Valência, no Leste, pediram a implementação de um toque de recolher noturno. Apesar de terem autonomia, elas precisam de intervenção do governo federal para adotar medidas que restrinjam a movimentação da população. Na última quarta-feira (21), a Espanha tornou-se o primeiro país da União Europeia a ultrapassar a marca de um milhão de casos de covid-19, mas segundo Sánchez esse número seria três vezes maior.
Bélgica
De acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), a evolução da pandemia levanta uma “série preocupação” em 23 dos 27 países que compõem a União Europeia, além do Reino Unido. Apenas Finlândia, Chipre, Estônia e Grécia estão em uma situação considerada segura. Há um mês, apenas sete países estavam nessa lista “vermelha”.
Na Bélgica, um dos países mais atingidos pela covid-19 na Europa, o governo aumentou as restrições nesta sexta-feira. Agora, jogos esportivos não poderão ter torcedores, o número de pessoas em espaços culturais será limitado e parques temáticos serão fechados. As novas medidas irão durar até 19 de novembro.
O país, que tem a segunda maior taxa de infecção per capita no continente europeu — ficando atrás apenas da República Tcheca —, já havia fechado cafés, bares e restaurantes, além de ter imposto um toque de recolher noturno. Até o momento, as autoridades têm resistido aos apelos de especialistas para implementar uma nova quarentena.
Polônia
Já na Polônia, após mais um recorde diário de novos casos de covid-19 — mais de 13.600 —, restaurantes e bares serão fechados por duas semanas. Reuniões públicas só poderão ter, no máximo, cinco pessoas.
Nas escolas, os estudantes mais velhos passarão a ter aulas à distância. O primeiro-ministro Mateusz Morawiecki ainda pediu às pessoas com mais de 70 anos que fiquem em casa.