Quinta-feira, 23 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de outubro de 2025
Ditador venezuelano chamou as operações americanas de "ameaça e assédio", dizendo que os Estados Unidos buscam sua derrubada.
Foto: ReproduçãoO ditador venezuelano Nicolás Maduro afirmou que a Venezuela possui cerca de 5 mil mísseis antiaéreos portáteis de fabricação russa, prontos para defender o país diante do que classificou como ameaça militar dos Estados Unidos.
A declaração ocorre após Washington enviar, no início de setembro, uma flotilha de contratorpedeiros, embarcações com forças especiais e um submarino ao Mar do Caribe, para realizar ataques contra o que o governo Trump descreve como “lanchas narcoterroristas” vindas da Venezuela.
Maduro chamou as operações de “ameaça e assédio”, dizendo que os EUA buscam sua derrubada. “Qualquer força militar do mundo conhece o poder dos Igla-S e a Venezuela tem nada mais e nada menos que 5 mil Igla-S em postos-chave da defesa antiaérea para garantir a paz”, afirmou em discurso transmitido pela televisão estatal, ao lado de integrantes do alto comando militar.
O Igla-S é um sistema portátil de defesa aérea usado para derrubar aviões, helicópteros e drones em baixa altitude. De uso descartável, ele já foi empregado em exercícios militares ordenados por Maduro em resposta ao deslocamento das forças dos EUA.
Segundo Maduro, a Força Armada venezuelana dispõe de sistemas de simulação que mantêm “milhares de operadores” em “situação de boa pontaria” com o Igla-S, instalados em “postos-chave da defesa antiaérea”.
O presidente Donald Trump afirmou que avalia ataques contra narcotraficantes que operam por terra. “Vamos golpeá-los muito duro quando vierem por terra. Ainda não experimentaram isso”, disse. Em resposta, Maduro declarou que a Venezuela enfrenta “a ameaça militar mais letal de sua história”.