Segunda-feira, 01 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de dezembro de 2025
Segundo o Manual Médico da MSD, a esteatose hepática é caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura, especialmente triglicerídeos, dentro das células do fígado. Esse acúmulo excessivo compromete o funcionamento normal do órgão e pode ocorrer em qualquer pessoa, independentemente do consumo de álcool. Embora muitas vezes seja silenciosa no início, a condição tende a progredir quando não é identificada e tratada adequadamente.
Quando a gordura se deposita no fígado em excesso, o órgão pode tornar-se inflamado, tornando-se mais vulnerável ao desenvolvimento de outras doenças. Entre essas complicações estão a fibrose, a cirrose, diferentes tipos de hepatite e, nos casos mais graves, a insuficiência hepática. A inflamação persistente faz com que o organismo tente reparar o dano, levando ao desenvolvimento de áreas de cicatrização que alteram a estrutura e o funcionamento do fígado.
De acordo com a Clínica Mayo, vários fatores aumentam o risco de desenvolver o fígado gorduroso. Entre os principais estão o excesso de peso, a obesidade, a resistência à insulina, a predisposição genética, o diabetes tipo 2 e os níveis elevados de triglicerídeos no sangue. Há também indícios de que hábitos alimentares pobres, marcados pelo consumo frequente de alimentos ultraprocessados, podem acelerar a instalação da doença.
A complicação mais comum da doença hepática gordurosa é a cirrose, uma condição progressiva que surge devido ao acúmulo de lesões no tecido hepático. Quando o fígado tenta conter a inflamação, ele forma cicatrizes que substituem o tecido saudável, prejudicando sua capacidade de regeneração e de desempenhar funções essenciais, como metabolizar nutrientes e filtrar toxinas.
Para prevenir essa condição, recomenda-se adotar uma alimentação equilibrada e saudável. Isso envolve reduzir ou evitar o consumo de bebidas alcoólicas e açucaradas, controlar o peso corporal e manter uma rotina regular de exercícios físicos. Uma dieta rica em frutas, verduras, grãos integrais e gorduras saudáveis contribui significativamente para a saúde hepática.
O Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais dos EUA orienta que pessoas com doença hepática gordurosa façam mudanças no estilo de vida, especialmente aumentando os níveis de atividade física e controlando a alimentação. Além dessas medidas, pesquisas recentes têm destacado o papel do magnésio na melhora da saúde do fígado. Um estudo publicado no periódico Endocrinology, Diabetes & Metabolism demonstrou que o aumento da ingestão de magnésio pode reduzir os níveis de colesterol e ajudar a combater a esteatose hepática.
Isso ocorre porque o magnésio participa da regulação do metabolismo da glicose e dos lipídios e contribui para a redução da inflamação hepática. Esse mineral pode ser obtido por meio do consumo de vegetais folhosos verdes, como espinafre, acelga e couve; oleaginosas como amêndoas, nozes e pistaches; além de leguminosas como lentilhas, grão-de-bico e feijões e de grãos integrais, incluindo aveia, arroz integral e quinoa.