Quarta-feira, 02 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 1 de agosto de 2024
Homem, branco, idade até 45 anos e com Ensino Médio incompleto. Esse é o perfil geral predominante entre os 45.476 detentos gaúchos. A estatística é da Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS), com base no contingente de 84 unidades prisionais do regime fechado, 17 do semiaberto, dois centros de custódia hospitalar, um centro de triagem, um instituto psiquiátrico e nove institutos penais de monitoramento eletrônico.
Do universo de pessoas privadas de liberdade no Rio Grande do Sul, 2.745 são mulheres. Ou seja: cerca de 6% do total.
Em relação à faixa etária, a mais representativa (quase 31%) tem 35 a 45 anos. Em segundo (20,2%) aparece o segmento 25-29 anos, ao passo que no terceiro lugar (19,3%) está o de 30-34 anos, seguido em quarto (13,3%) pelo de 18-24 anos. Os presos de 46-60 anos representam 13,1% da população, enquanto os idosos (a partir dos 60 anos) são a minoria (3,2%).
Sobre o nível de instrução, a maioria (54,7%) possui Ensino Fundamental incompleto, seguida por aqueles que avançaram ao Ensino Médio, mas sem finalizá-lo (14,4%) – somados, os dois grupos formam quase 70%. Os demais graus de instrução estão assim distribuídos:
Ensino Fundamental completo (13,8%), Ensino Médio completo (10,2%), Ensino Superior incompleto (1,6%) e Ensino Superior completo (0,8%). Analfabetos, por sua vezm, são 1,6%. Atualmente, ao menos 3.998 apenados estudam.
Sobre a cor de pele, a maioria dos apenados é branca (65%), enquanto 33,6% são negros (pretos e pardos). Em menor número no sistema, estão as pessoas classificadas como amarelas (0,7%) e indígenas (0,7%).
Geograficamente, quase metade da população prisional está recolhida na Região Metropolitana de Porto Alegre, distribuída em três Delegacias Penitenciárias Regionais (DPR). Juntas, a 1ª DPR, com sede em Canoas, a 9ª, em Charqueadas, e a 10ª, em Porto Alegre, somam 45,4% dos presos.
Outro item analisado é o crime que motivou a sentença de prisão. A maioria cometeu roubo qualificado, tráfico de drogas, furto qualificado, roubo simples ou furto simples, nessa ordem. Receptação, posse ou porte ilegal de armas de uso restrito, bem como associação para o tráfico, aparecem em seguida.
Visitação
Já o perfil das visitas é significativamente diferente entre mulheres e homens privados de liberdade. Enquanto para a população masculina o maior número de visitas é feito pelas companheiras (57,6%), para a população feminina as mais frequentes são realizadas pelas mães (26,6%).
Em relação à quantidade de companheiros que visitam as apenadas, o número é menor e chega a 23,2%. Além disso, cerca de 56% das pessoas privadas de liberdade têm filhos, que representam 8,9% das visitas em unidades masculinas e 22,7% em unidades femininas.
(Marcello Campos)
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