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Por Redação O Sul | 16 de maio de 2017
O número de contaminações de empresas brasileiras pelo ataque com o vírus WannaCry pode ter passado de 220. No levantamento, que foi atualizado pela última vez no sábado, o número total de máquinas contaminadas passava de 1,1 mil, ou 0,5% do total global.
A contaminação não indica que a empresa foi efetivamente atacada e teve seus dados sequestrados. O vírus pode ter sido eliminado da rede antes de se propagar, ou começar a funcionar. O levantamento foi feito levando em conta os pedidos de acesso ao site usado pelo vírus para se difundir.
O endereço descoberto pelo especialista em segurança inglês conhecido como Malwaretech, de 22 anos, acabou sendo a ferramenta que interrompeu a disseminação e foi apelidado de “botão de desligar” da ameaça.
A estimativa é que mais de 200 mil computadores em 153 países tenham sido afetados. No site GitHub Gist, usado por programadores para compartilhar informações, o português consta como um dos 28 pacotes de línguas do vírus, que pede um resgate entre US$ 300 e US$ 600, pagos na moeda virtual bitcoin, para devolver o acesso. Não está claro, porém, se é o português do Brasil ou de Portugal.
A lista brasileira conta, principalmente, com empresas dos setores de tecnologia e telecomunicações. Mas há também grupos de outros setores, como aviação, financeiro, seguros, bebidas, petróleo e propaganda.
O número total de infecções no país pode ser ainda maior que essas 1,1 mil máquinas já que não há um repositório central de dados. Na lista não está, por exemplo, o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), que teve 275 de suas 55 mil máquinas (0,5%) afetadas. Na sexta-feira, quando detectou a infecção, o TJ-SP recomendou que os funcionários desligassem seus computadores. “Não houve perda de dados dos processos em andamento no Judiciário Paulista. A área técnica continua trabalhando para garantir o funcionamento dos serviços “, informou a assessoria de imprensa do tribunal por meio de nota.