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Brasil Mais de 40 mulheres acusam médico preso por abuso em Goiás

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Ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais é preso por suspeita de violação sexual contra pacientes. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) de Anápolis (GO) informou que dois hospitais da cidade receberam denúncias de abuso sexual contra o ginecologista e obstetra Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, mas não tomaram providências a respeito. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Isabella Joy Lima, secretários e diretores do Ânima Centro Hospitalar e do Instituto da Mama de Anápolis serão intimados a depor sobre o caso.

Até o momento, 41 vítimas, a maioria com idades entre 20 e 30 anos, já compareceram para prestar queixa contra o ginecologista. Dez outras estavam agendadas para depor sobre o caso. Das vítimas que foram ouvidas até o momento, grande parte alegou que a violação aconteceu entre 2020 e este ano. No entanto, algumas relataram episódios que teriam ocorrido entre 2013 e 2016, como é o caso de Kethlen Carneiro, de 20 anos, que procurou a delegacia para contar que foi abusada por ele quando ainda tinha 12 anos.

O acusado foi detido nesta quarta-feira e segue em prisão preventiva. A polícia caminha com as investigações, ouvindo as vítimas e funcionários de hospitais. A Polícia Civil de Goiás montou uma força-tarefa de caráter multidisciplinar para investigar os casos de abuso e violação sexual durante consultas médicas que Nicodemos realizava.

Um mapeamento policial identificou que o médico fez vítimas em Anápolis, Goiânia, Pirenópolis, todas no estado de Goiás, bem como em Belém do Pará, Paraná e Distrito Federal, onde Nicodemos foi condenado em 2017 também por violação sexual.

Segundo Isabella Joy Lima, o médico se valia, por exemplo, de momentos em que fazia exames como ultrassom endovaginal para violentar as pacientes. Além disso, as vítimas não podiam entrar com acompanhantes no consultório, e os abusos aconteciam também por meio de aplicativos de mensagens, onde o ginecologista mandava sugestões de livros eróticos.

Uma mensagem de julho de 2020 em um aplicativo atribuída a Nicodemos mostra quando ele faz comentários de cunho sexual a uma mulher que tirava dúvidas sobre o anel vaginal, método contraceptivo que funciona como a pílula, mas só precisa ser inserido uma vez por mês. Em um momento, a paciente pergunta se ele não atrapalha a relação sexual e se o parceiro não o sentiria. O médico, então, responde: “Bom, minha namorada já usou e eu não percebi diferença alguma. Posso testar kkk. Brincadeira”.

Na sexta-feira Nicodemos tinha audiência de custódia para que o juiz avaliasse as procedências de sua prisão. O advogado do médico, Carlos Eduardo Martins, informou que entraria com pedido de soltura durante a sessão.

Ainda segundo a defesa, Nicodemos alega “ser acusado de abuso sexual desde o ínicio da carreira, por interpretação errada das pacientes durante os procedimentos médicos”.

O acusado possui registro profissional em vários estados do Brasil e, fora da rede pública de saúde, atuava no Hospital Evangélico Goiano e na Maternidade Adalberto Pereira da Silva, em Anápolis. O ginecologista era um dos médicos mais conhecidos da região, tendo participado, inclusive, de entrevistas para rádios.

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https://www.osul.com.br/mais-de-40-mulheres-acusam-medico-preso-por-abuso-em-goias/ Mais de 40 mulheres acusam médico preso por abuso em Goiás 2021-10-02
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