Sexta-feira, 02 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 12 de fevereiro de 2023
Em apenas três meses, mais de 5.800 mulheres russas com mais de 30 semanas de gravidez entraram na Argentina para dar à luz no país, segundo informações do governo argentino.
No período de um ano, o número chega a 10.500. As autoridades argentinas acreditam que elas estejam tentando obter a nacionalidade argentina para seus filhos em meio à guerra na Ucrânia.
“A quantidade realmente é muito grande a cada dia”, comentou a diretora nacional de migração, Florencia Carignano. Ela acrescentou que, na última semana, num único voo da Ethiopian Airlines, estavam 33 cidadãs russas grávidas de mais de 30 semanas.
“Não temos nenhum problema com pessoas de qualquer nacionalidade que queiram vir morar na Argentina, que queiram criar os seus filhos aqui, que queiram investir na Argentina. O problema é que essas pessoas vêm, saem com o passaporte e não voltam”, disse Carignano.
Na quinta-feira (9), a Polícia Federal da Argentina fez busca e apreensão de bens em dois apartamentos de luxo no bairro de Puerto Madero, em Buenos Aires. Essas residências seriam dos líderes de uma quadrilha que levava as mulheres russas para a Argentina para dar à luz.
Segundo o jornal Clarín, a quadrilha cobrava entre 20 mil e 35 mil dólares por uma viagem para a Argentina, incluindo traslado, acomodação, uma clínica para o parto e auxílio para obter a cidadania argentina em tempo recorde.