Domingo, 05 de maio de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Mais seis advogados são condenados por ligação com o grupo criminoso PCC em São Paulo

Compartilhe esta notícia:

Integrantes da célula jurídica da facção contribuíram diretamente para a prática de crimes. (Foto: Reprodução)

A 1.ª Vara de Presidente Venceslau (SP) condenou seis advogadas acusadas de envolvimento com o PCC (Primeiro Comando da Capital). Uma delas recebeu pena de 17 anos de reclusão, ao passo que outra foi sentenciada a dez anos e meio de cadeia e e as demais receberam oito anos e nove meses de reclusão, todas em regime inicialmente fechado. Cabe recurso contra a decisão.

De acordo com a denúncia, oriunda das investigações da Operação Ethos, deflagrada em novembro do ano passado, as acusadas integravam uma rede que atuava em favor de organização criminosa. Elas prestavam assistência e favores a detentos e familiares, utilizando dinheiro de origem ilícita.

Ao proferir a sentença, segundo nota do Tribunal de Justiça, o juiz Gabriel Medeiros afirmou a caracterização do envolvimento do grupo de defensoras com a facção.

“Restou demonstrado que as acusadas aceitaram seguir todas as ordens e protocolos para integrar a organização criminosa denominada Primeiro Comando da Capital, no âmbito de seu célula jurídica ‘sintonia dos gravatas’. Estavam à disposição da facção para realizar as tarefas que lhes fossem atribuídas, ainda que dentro de suas áreas de atuação. Sabiam que eram financiadas por uma organização criminosa que pratica os mais diversos crimes”, escreveu o magistrado.

Célula jurídica

Em julho, a Justiça de Presidente Venceslau, também no interior paulista, sentenciou quatro advogados por integrarem uma espécie de “facção jurídica” do grupo criminoso. As penas chegaram a 15 anos de prisão. A condenação foi a segunda contra mais de 40 profissionais de Direito acusados de atuar de forma criminosa.

Uma semana antes, a Justiça já havia condenado outras cinco pessoas sob acusações similares, dentre elas o ex-vice-presidente do Condepe (Conselho Estadual de Direitos da Pessoa) Luiz Carlos dos Santos. O processo foi desmembrado.

Os envolvidos integravam a chamada “Célula R”, antiga “Sintonia dos Gravatas”, uma numerosa equipe responsável pela atuação em processos envolvendo integrantes da facção. Na avaliação do MP (Ministério Público), eles extrapolaram o exercício profissional para se aliar à facção no cometimento de crimes.

Trocas de mensagens com organogramas e pagamentos foram interceptadas. Segundo o MP, as funções do grupo deixaram de ser exclusivamente jurídicas e passaram a funcionar como elo de comunicação das atividades criminosas entre os líderes presos e os que estão em liberdade. Ainda tramitam os processos contra os demais réus.Para o Ministério Público, os profissionais denunciados passaram a integrar o “quadro jurídico” do PCC e contribuíram e concorreram direta ou indiretamente “para o projeto de poder e esquema da maior organização criminosa do País”.

A investigação apontou que os profissionais tinham plena consciência de que o dinheiro que movimentavam era oriundo do setor do “Progresso” (tráfico de drogas), da “Cebola” (mensalidade paga pelos integrantes) e das “Rifas”. Eles utilizavam escritórios de fachada, que serviam “como ponto de apoio da organização.

 

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Denúncia contra Cunha faz impeachment perder força, avaliam ministros
Deputados de dez partidos pedem a destituição de Cunha da presidência da Câmara
https://www.osul.com.br/mais-seis-advogados-sao-condenados-por-ligacao-com-o-grupo-criminoso-pcc-em-sao-paulo/ Mais seis advogados são condenados por ligação com o grupo criminoso PCC em São Paulo 2017-11-01
Deixe seu comentário
Pode te interessar