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Brasil Mais três pacientes denunciaram que foram abusadas por médico em Goiânia

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Outras vítimas estão ligando para a Polícia. (Foto: Reprodução)

Após a prisão do médico ginecologista Joaquim de Sousa Lima Neto, mais três pacientes o denunciaram por abuso na Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) em Goiânia. Além disso, mais de 20 mulheres ligaram e disseram também ser vítimas do homem. No total, há seis casos registrados contra ele.

O ginecologista foi preso na terça-feira (23). Segundo a Polícia Civil, o profissional já foi condenado por violação sexual mediante fraude de outras pacientes, em 2015, e recebeu como pena multa de R$ 5 mil, além de três anos de prisão, convertidos em serviços comunitários. No entanto, a defesa recorreu e ele continuou trabalhando e cometendo os abusos.

Uma das mulheres que entrou em contato com a Polícia Civil disse que foi vítima de abusos cometidos pelo ginecologista há 28 anos. Segundo a delegada Ana Elisa Gomes, responsável pelo caso, as vítimas precisam ir pessoalmente à Deam para registrar a denúncia. Segundo ela, as pacientes foram orientadas a registrar os casos.

“Mais de 20 nos ligaram hoje para relatar abusos desse caso, mas só é procedimento quando vai até a delegacia. Além do que a gente já tinha, mais três compareceram e denunciaram. Esse crime, contra dignidade sexual, exige que a vitima manifeste, pessoalmente, o desejo formal de ver fatos esclarecidos”, detalhou.

O ginecologista foi demitido do hospital em que trabalhava há cerca de um mês, quando a administração soube que ele era investigado pelos abusos. Uma paciente informou que, há quatro meses, denunciou o médico à direção da unidade.

“Reclamei na direção do hospital do acontecido. Lá, me falaram que eu não era a primeira pessoa que estava reclamando dessa situação”, disse a mulher, que não quis ser identificada.

Já o Cremego (Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás) informou que “dará celeridade à apuração de tais fatos em razão da gravidade do que já foi divulgado”. A entidade aguarda a documentação necessária sobre o caso para tomar as providências cabíveis.

O órgão disse ainda que, na época da condenação do médico, foi aberta uma investigação para apurar a conduta dele, mas o procedimento não chegou a nenhuma conclusão. Desta vez, o presidente do Cremego, Leonardo Reis, relatou que ele pode ser punido.

“Diante dos novos fatos, outra investigação será empreendida, faremos novas diligências, novo procedimento será instaurado, podendo gerar um processo ético profissional e culminar, se restar comprovado o ilícito, em uma penalidade que pode gerar, inclusive, cassação do registro profissional”, afirmou.

Casos

Uma das pacientes, de 58 anos, conta que sofreu abuso sexual durante um procedimento de cauterização. Ela, que não quis se identificar, inicialmente, não teve coragem de contar aos familiares sobre o caso. “Foi totalmente humilhante para mim a forma como ele me tratou”, desabafou.

A mulher disse que, após o procedimento, o médico ainda tentou se justificar. “Ele falou: ‘tudo que eu te fiz foi para te ajudar’”, contou.

A paciente relatou ainda que teve receio de denunciar o caso inicialmente. “Eu pensava que era culpa minha. Eu falei: ‘Mas eu deixei’. Eu não deixei. Eu tinha medo, eu estava com medo dele. Eu não contei para a minha mãe com medo”, relatou.

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https://www.osul.com.br/mais-tres-pacientes-denunciam-que-foram-abusadas-por-medico-em-goiania/ Mais três pacientes denunciaram que foram abusadas por médico em Goiânia 2018-01-24
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