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Mundo Manifestantes desafiam o toque de recolher nos Estados Unidos; as prisões já passam de 10 mil

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Manifestantes são presos por não respeitarem o toque de recolher em Los Angeles. (Foto: Marcio Jose Sanchez/AP)

Manifestantes que participam de atos contra o racismo voltaram a desafiar o toque de recolher em várias cidades na quarta-feira (3), o nono dia de protestos nos Estados Unidos. Mais de 10 mil prisões aconteceram desde o início da onda de atos motivados pela morte do ex-segurança George Floyd em uma abordagem policial em Minneapolis.

O número de prisões vem crescendo nos últimos dias à medida em que aumenta o efetivo da polícia nas ruas para colocar em prática o toque de recolher, que vigora em ao menos 40 cidades americanas.

De acordo com a Associated Press, cerca de 3 mil prisões aconteceram em Los Angeles. No balanço aparecem em seguida: Nova York, Dallas e Filadélfia. As prisões acontecem por violações do toque de recolher, mas centenas também foram presos por roubo e saques.

Na quarta, em Los Angeles os manifestantes também desrespeitaram inicialmente de maneira pacífica o horário de recolher. No entanto, mais tarde, houve confronto entre manifestantes e forças de segurança.

Em Washington, houve uma marcha em direção ao Capitólio e, após às 23h, alguns manifestantes também se recusaram a voltar para casa. Mais de 400 pessoas foram detidas.

Em Nova York, um grande número de manifestantes desrespeitou a determinação para que deixassem as ruas às 20h, no horário local. Vários foram presos. Por volta das 23h, um policial que fazia patrulha no bairro do Brooklyn sofreu uma emboscada e foi ferido com uma faca no pescoço. O agressor foi baleado e outros dois policiais ficaram feridos na ocorrência.

O ataque ocorreu a apenas um quarteirão de distância do local onde manifestantes e policiais se envolveram em um confronto na terça-feira (2), quando um carro da polícia foi queimado e manifestantes foram dispersados a golpes de cassetetes.

Funeral

Familiares e amigos de George Floyd organizaram nesta quinta-feira (4), em Minneapolis, o primeiro funeral do ex-segurança, morto em maio durante uma ação policial — caso que gerou onda de protestos contra o racismo nos Estados Unidos e no mundo.

De acordo com a emissora norte-americana CBS, o corpo de Floyd seria levado ainda a outras duas cidades para outras cerimônias: Raeford, na Carolina do Norte, cidade natal do ex-segurança; e Houston, onde ele foi criado. A última homenagem está marcada para terça-feira (9).

A cerimônia em Minneapolis teve a presença do ativista Martin Luther King III, último filho vivo de Martin Luther King Jr., que lutou pelos direitos civis da população negra dos EUA em meados do século 20. Políticos como a senadora Amy Klobuchar, ex-pré-candidata à presidência dos EUA, também participaram do ato.

O prefeito de Minneapolis, Jacob Frey, também esteve no funeral e se ajoelhou diante do caixão de George Floyd. Os rappers T.I. e Tyrese Gibson participaram da cerimônia.

Philonise Floyd, um dos irmãos do ex-segurança, afirmou na cerimônia que George era muito querido e “um homem poderoso”.

“Todos os dias ele caminhava e havia uma fila de pessoas querendo cumprimentá-lo. Ele era poderoso, cara. Ele tinha um jeito com as palavras, todos amavam o George”, disse Philonise.

O reverendo Al Sharpton, religioso que conduziu a cerimônia, disse que os Estados Unidos nunca foram grande para os negros — parafraseando o slogan “Make America Great Again”, do presidente Donald Trump.

“Grande para quem? Nós vamos fazer a América grande para todos pela primeira vez. Nunca foi grande para negros, nunca foi grande para latinos”, afirmou.

Além dos funerais, nesta quinta, os Estados Unidos entram na 10ª jornada de protestos contra o racismo. A noite anterior teve novos confrontos e casos de vandalismo, mas as manifestações ocorreram de maneira bem mais tranquila do que em outros dias.

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https://www.osul.com.br/manifestantes-desafiam-o-toque-de-recolher-nos-estados-unidos-as-prisoes-ja-passam-de-10-mil/ Manifestantes desafiam o toque de recolher nos Estados Unidos; as prisões já passam de 10 mil 2020-06-04
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