Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 8 de abril de 2017
A oposição na Venezuela organizou protestos em Caracas e em outras cidades do país neste sábado (8), em uma renovada onda de protestos contra o que chamam de ditadura imposta pelo presidente, Nicolás Maduro.
As manifestações lideradas pela oposição começaram depois que o Tribunal Supremo de Justiça assumiu funções parlamentares, o que gerou condenações internacionais.
Depois de protestos anteriores, o líder opositor e ex-candidato presidencial Henrique Capriles foi inabilitado na sexta-feira por 15 anos a disputar cargos eletivos, uma sanção que aumentou os chamados para os protestos neste sábado.
Milhares de pessoas, algumas carregando cartazes com dizeres como “Não à ditadura!” e “Capriles para Presidente” percorriam as ruas em manifestações contra Maduro.
“O governo está com medo. Se não estivesse com medo, não fecharia as ruas. Não desqualificaria Capriles”, disse a advogada Gikeissy Diaz, de 27 anos.
No Twitter, Capriles, que já foi candidato a presidente por duas vezes e governador do Estado de Miranda, fez uma convocação para a população tomar as ruas. “Vamos, bravo e valente povo, em toda a nossa Venezuela, contra o AUTOGOLPE!”, escreveu Capriles. Os adversários alertaram que a intenção das manifestações é gerar violência e “um banho de sangue”.
Em Caracas, várias estações de metrô estavam fechadas e o governo distribuiu pela capital efetivos de segurança que restringem os acessos à cidade.
O vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, afirmou que os protestos deste sábado são ilegais uma vez que as autoridades desconhecem as rotas que serão usadas pelos manifestantes.
Na quinta-feira, um jovem de 19 anos foi morto a tiros durante protestos. Um policial foi preso.