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Mundo O médico agredido durante um voo por funcionários da companhia aérea United teme sofrer danos cerebrais irreversíveis

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Incidente ocorreu em abril, durante viagem nos Estados Unidos. (Foto: Reprodução)

O médico vietnamita David Dao, agredido ao se recusar a ceder a sua poltrona e deixar um avião da United Airlines, teme sofrer danos cerebrais permanentes e disse que o neurologista que acompanha o seu caso não descarta que ele jamais se recupere completamente. O incidente ocorreu em abril deste ano.

Dao concedeu ao jornal britânico “Daily Mail” a sua primeira entrevista desde o episódio, publicada na sexta-feira. Ele afirma sofrer de problemas de concentração, não conseguir dormir direito e realizar lentamente as tarefas mais básicas do dia-a-dia. Ele também duvida que um dia conseguirá exercer a medicina novamente.

“Eu nem consigo pensar nisso, no quanto esse fato é assustador… a minha situação pode estar assim daqui a um ano, não sei”, desabafou. “Sou um corredor de maratonas, corri 31 delas, mas no momento consigo apenas devagar. Apenas consigo cozinhar e usar o computador bem devagar”.

Ainda de acordo com o médico, ele ainda se recupera de uma concussão cerebral e também precisa de uma nova cirurgia no nariz, que foi quebrado durante a agressão, durante a qual ele também perdeu dois dentes.

“Estou em processo de recuperação. Não consigo me concentrar direito, ou dormir direito, preciso de mais tempo para me recuperar, de mais repouso para a concussão. Preciso de cirurgia para corrigir meu nariz, mas antes de tudo me preocupo com meu cérebro”, disse Dao ao jornal.

“Isso afeta meu sono, minha coordenação, concentração, fazer qualquer coisa. E pode ser permanente. Meu neurologista apenas diz para viver um dia de cada vez, eles não podem dizer se é permanente”, acrescentou.

Empresa

Apesar do pedido público de desculpas e de um acordo judicial, ele afirma nunca ter recebido um telefonema da empresa ou um pedido de desculpas em particular. Todos os contatos teriam sido feitos exclusivamente por meio de seu advogado.

Mesmo assim, Dao afirma que voltaria a voar com United no futuro porque, após o incidente, a companhia mudou a sua política e adotou novas regras. “Eu gostaria de ver como eles mudaram”, admite.

Agressão

David Dao viajava de Chicago para Louisville (EUA) no dia 9 de abril, quando funcionários anunciaram que estavam precisando de quatro assentos para acomodar membros da tripulação. Eles selecionaram quatro passageiros, incluindo Dao e a mulher dele, Teresa, e solicitaram que eles cedessem seus lugares em troca de 400 dólares e diárias de hotel.

O médico se recusou a deixar o lugar, alegando que tinha compromissos inadiáveis com pacientes em Louisville e iniciou uma discussão, que culminou com a agressão, filmada por outros passageiros. A direção da United chegou a emitir um comunicado no qual atribuía a culpa a Dao, dizendo que ele tinha sido agressivo, mas depois assumiu a responsabilidade pelo caso.

A United chegou a perder quase 1 bilhão de dólares em valor de mercado após a divulgação do vídeo com o incidente. Algum tempo depois, chegou a um acordo judicial com a vítima, por um valor não revelado.

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https://www.osul.com.br/medico-agredido-em-voo-teme-danos-cerebrais-permanentes/ O médico agredido durante um voo por funcionários da companhia aérea United teme sofrer danos cerebrais irreversíveis 2017-07-08
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