Quinta-feira, 16 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de maio de 2020
Até esta sexta-feira (8), as secretarias da Saúde de 39 municípios gaúchos devem receber 80 cubanos que aceitaram retomar a sua participação no programa “Mais Médicos”, interrompido em novembro de 2018 quando o então presidente eleito Jair Bolsonaro sinalizou que não renovaria o contrato nos moldes firmados pelo governo de Dilma Rousseff. Os profissionais atuarão em ações de combate ao coronavírus.
A maioria desse contingente já se apresentou às respectivas prefeituras – cada um dos profissionais podia indicar, na inscrição, quatro municípios de destino, por ordem de preferência. Na Região Metropolitna de Porto Alegre, a medida abrange a Capital e as cidades-vizinhas Canoas, Gravataí, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Viamão.
Já no Interior, foram contempladas Alegrete, Arroio Grande, Bagé, Barracão, Canudos do Vale, Erechim, Flores da Cunha, Harmonia, Horizontina, Ibiraiaras, Ipê, Lajeado, Passo do Sobrado, Passo Fundo, Porto Mauá, Rosário do Sul, Santa Maria, Santa Rosa, Santa Tereza, Santana do Livramento, Santo Ângelo, Santo Antônio da Patrulha, Santo Cristo, São Gabriel, São José do Norte, São Lourenço do Sul, São Luiz Gonzaga, São Vicente do Sul, Tenente Portela, Terra de Areia, Três Passos, Uruguaiana e Veranópolis.
Em todo o Brasil, são 5.811 médicos envolvidos, incluindo profissionais com o registro do CRM (Conselho Regional de Medicina) nos respectivos Estados. “Este edital não altera o cronograma previsto para o ‘Médicos pelo Brasil’ [substituto do ‘Mais Médicos’], sancionado em dezembro de 2019”, sublinhou o governo federal. “O Ministério da Saúde organizou a estrutura necessárias para a criação da Adaps (Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde), que responsável pela contratação dos profissionais para o novo programa.
Diferenças
O edital para a reinclusão de 1,8 mil médicos caribenhos foi aberto no dia 26 de março. Embora coincida com a pandemia de coronavírus e a necessidade de mais profissionais de saúde, o governo garante que o chamamento já estava previsto desde a aprovação da lei do “Médicos pelo Brasil”.
De acordo com o Ministério da Saúde, o edital de chamamento apresentou diferenças em relação aos anteriores. Agora, o contrato será de apenas um ano e a seleção permite ter até cinco chamadas, caso as vagas não sejam todas preenchidas. A bolsa-auxílio será a mesma paga nos editais anteriores (R$ 12,38 mil). O investimento total previsto é de R$ 1,47 bilhão.
Critério
A numeração dos perfis indica a ordem decrescente de vulnerabilidade dos municípios, sendo o perfil “8” de maior e o perfil “1” de menor vulnerabilidade. Das 5.811 vagas disponibilizadas, 2.588 (44,5%) são para as capitais (perfil “3”).
Já 688 (11,84%) são para municípios que se enquadram no perfil “1”, enquanto 649 (11,17%) são de perfil “2” e outras 356 (6,13%) estão em municípios de perfil 4. Em 352 (6,06%) o perfil é “5” e 271 (4,66%) pertencem ao perfil “6”. Áreas de extrema pobreza contarão com 870 médicos (14,97%) em locais de perfil “7” e 37 (0,64%) onde o perfil é “8”.
(Marcello Campos)