Domingo, 09 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de dezembro de 2020
Os 11 médicos de Joinville, no Norte catarinense, investigados por suspeita de fraudar o registro do ponto de trabalho no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt foram afastados das funções. A Justiça determinou também a suspensão dos salários e a proibição de acesso à unidade de saúde, que é estadual.
A Polícia Civil, o Ministério Público e o hospital não revelaram os nomes dos investigados. A decisão judicial da última sexta-feira (18) foi tomada após representação pelo afastamento dos médicos investigados pela Polícia Civil. O objetivo é evitar que os trabalhos sejam prejudicados.
Segundo a Polícia Civil, os profissionais registravam as digitais no ponto eletrônico e saíam da unidade sem cumprir a jornada, voltando apenas no fim do expediente para marcar a saída. Um deles chegou a ser flagrado em um motel durante o horário de trabalho. O caso é investigado desde setembro, após uma denúncia do próprio hospital.
Os suspeitos são médicos concursados pelo Estado em diferentes especialidades e deveriam cumprir carga horária de 80 horas presenciais mensais no Hospital Regional.
Segundo o delegado da Divisão de Investigação Criminal (DIC), Rafaello Ross, entre os investigados há profissionais com vínculo funcional de até 20 anos. O salário dos envolvidos varia de R$ 9 mil a R$ 20 mil.
“Eles foram intimados pessoalmente da decisão, a qual deve ser cumprida de forma imediata. O hospital também já foi intimado para cumprir a suspensão desses médicos”, disse o delegado.
Dois médicos chegaram a ser presos após serem flagrados dormindo em casa durante o horário de trabalho. As prisões aconteceram do dia em que a Operação Ponto Fraudado foi deflagrada, há uma semana.
Além das prisões em flagrantes, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas casas dos suspeitos. Os profissionais presos, um homem e uma mulher, pagaram fiança de R$ 31 mil e foram liberados.
O Conselho Regional de Medicina do estado (CRM-SC) informou em nota que “tomou conhecimento dos fatos envolvendo médicos que atuam no Hospital Regional Hans Dieter Schimidt, de Joinville, somente quando a matéria foi veiculada na mídia. Ressalta que, desde então, a conduta dos profissionais está sendo apurada por este Conselho”. As informações são do portal de notícias G1.